Deborah Martins:
-Que merda é essa ? O que eles estão fazendo aqui e com MALAS ? -O meu sangue começou a ferver com as possibilidades que me passavam a mente. Me recuso a morar de baixo do mesmo teto que eles. ME RECUSO! Fujo pra casa da Lari sei lá, mais com eles aqui não fico!
-Nossa garota você tem uma boquinha maldita em! -Diz Brenda deixando a mala no meio da sala e se sentando no sofá.
-Maldita é a sua mãe que te teve! Nossa é assim? Vai se sentando na casa dos outros, ta pensando que aqui é a casa da mãe Joana? -Se minha perna não estivesse engessada tinha tirado ela do sofá pelos cabelos, garota abusada.
-Olha como fala da minha mãe! E não aqui é a casa do meu pai!
Se acalma Deborah! -Grita minha consciência
SE ACALMA NADA! ESSA GAROTA TA QUERENDO MORRER!
-Seu pai ? Isso consta no seu RG ? Na sua certidão de nascimento ?
Ela não me respondeu. Quando meu pai disse:
-Deborah Martins chega!
-Ta vendo, você chama ele de pai, mais quem tem o sobrenome dele sou eu.
Ela se levantou do sofá e veio em minha direção, Larissa que estava ao meu lado se levantou ficando frente a frente com ela.
-Você não vai encostar um dedo seu na minha marida! -Ponto pra Lari.
-Vocês são lésbicas? -Diz Brenda nos olhando assustada.
-Querida eu gosto de p... -Nem quero saber a continuação da palavra.
-Larissa! -Repreendo ela.
-Ok, parei. Em respeito aos mais sensíveis.
-Oscar! O. Que. Está. Acontecendo. Aqui? -Pergunto pausadamente.
-Eles vinheram morar aqui. -Diz ele confiante.
-Eles entram e eu saio! Nunca que eu vou morar debaixo do mesmo teto que eles!
-Ta se achando de mais Deborazinha. -Consciência me lembre de dar um tapa na cara dela quando eu puder ?
-Eu não me acho porque não me perdi. E pelo amor de Deus! Tira meu nome dessa sua boca.
-Olha, to olhando daqui e to vendo que seu vestido ta marcando, ta gorda em colega!
-Você acha que me chamado de gorda vai me atingir? Resto de aborto!
-PAROU VOCÊS DUAS! DEBORAH! Você não vai sair coisa nenhuma dessa casa porque não tem pra onde ir! E Brenda! Cala a boca!
Nos olhavamos com cara de quem ia atacar a qualquer instante, me levantei e fui calmamente até a escada sem falar nada. Subi e a cada degrau eu escutava barulho de choro, Larissa vinha logo atrás de mim na escada. Seguimos o choro, e dava no quarto da minha mãe. Pedi pra Lari ir pro meu quarto esperar lá enquanto eu falava com a minha mãe.
-Mãe? -Bati em leves toques na porta ao abrir a mesma- Posso entrar?
-Pode claro. -Ela estava deitada na cama fungando tentando parar o choro. Ela se sentou assim que eu entrei no quarto.
-Mãe, o que aconteceu pra você estar chorando? -Eu disse já me sentando a beira da cama junto a ela.
-Você provavelmente já sabe que é por causa daquela mulher. Já não me bastasse a humilhação que foi ser traída, ainda vem ele querendo colocar ela e aqueles garotos pra debaixo do mesmo teto que nós? -Ela fungou muito tentando parar o choro, senti meus olhos se encherem de lágrimas ao ver minha mãe naquele estado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aquele Garoto
Подростковая литератураEu me chamo Deborah Martins e tenho 16 anos, moro em São Paulo, estudo no segundo ano do Ensino Médio. Moro com meus pais: Flávia e Oscar Martins. E o meu irmão Miguel Martins (amo e odeio esse fubango). Tenho uma melhor amiga, Larissa Magalhães, el...