Deborah Martins:
-Acordaaaa! -Exclama minha mãe me chacoalhando.
-Hã ? O que houve ? -Acordei desnorteada.
-Nada, só ta na hora de ir embora. -Ela disse se sentando no canto da cama e olhando pro meu lado. Sentei me espreguiçando e olhei pro lado. Felipe dormia sem blusa e de bruços.
-O que ele ta fazendo aqui ? -Perguntei assustada. -Ele ia dormir no chão.
-Tadinho Deborah! -Disse minha mãe rindo.
-Ah, claro. Super que você perdoou meu pai. -Eu disse ainda enquanto encarava Felipe que estava de costas para mim. Ai então notei a idiotisse que tinha dito. Virei rapidamente para encarar minha mãe. -Desculpa mãe, sério foi sem querer.
-Pior que você tá certa. É que, como vocês não estavam namorando de verdade pensei que você podia perdoar.
-A mim ela não perdoa, mais ao Henrique sim. -Disse Felipe nos assustando.
-Quem disse que perdoei ele ? -Eu disse prontamente.
-Ah não ? Engraçado, com ele não rolou dormir no chão ou greve do silêncio. -Ele disse em seguida se sentando e virando pra gente. Minha mãe só alternava o olhar entre nós escutando o que dizíamos.
-Por acaso o Henrique é baba ovo do meu irmão ? E nós já estávamos separados quando eu descobri dele e da Rata. A gente só foi se falar quando eu acordei depois do acidente e quando menti pra ele sobre nosso namoro.
-E em falar nisso. Você nem deveria estar brava comigo. A gente nem estava namorando de verdade. Você só me usou. Isso tudo é ciúmes seu.
-Como ? Eu com ciúmes de você ? Só acho que foi uma falta de respeito da sua parte pegar minha meia irmã enquanto finge que está namorando comigo. Quer dizer estava. E você deixou que eu te usasse. Mesmo que nós não namorassemos de verdade o resto do mundo pensava que sim você me fez passar de corna e chifruda na frente de todo mundo que esta na... -Ele me beijou. Tipo fod*-se minha mãe no quarto, ele me beijou e pronto. Não foi um selinho, foi daqueles beijos que me dão choques e me fazem tremer. Me debati no início mais me deixei levar depois. Ele abraçou minha cintura e eu somente me apoiei em seus ombros.
-Eu ainda estou aqui. -Disse minha mãe pigarreando. Nos separamos e a olhamos que sorria para nós. Nos olhamos e me soltei dele me levantando logo. Ia abrir a boca para falar "Nunca mais ouse me tocar ou fazer isso de novo." só que ele me atrapalhou.
-Eu sei que você gostou. -Ele disse se levantando também e indo para o banheiro. Fiquei com cara de tipo "Agora ta lendo mentes ?"
-Uau! Depois desse beijo perdoa logo ele. -Disse minha mãe tão surpresa quanto eu dessa última frase dele.
-Nem pensar. Não é tão fácil assim comigo. -Eu disse cruzando os braços. Minha mãe só ria.
***
-Vocês vão mesmo continuar com a palhaçada ? -Disse Larissa que estava junto comigo e com a Lua no meio da sala.
-Primeiro: não tem palhaçada nenhuma aqui. Segundo: sim. -Eu disse me sentando cansada de esperar. Faz mais de vinte minutos que estamos esperando os moços descerem com as bolsas.
-AFF, vocês dois. Vamos fazer arte, beijo paz e amor. Desejo, mel e flor. -Disse Lua como se fosse uma poetisa.
-Roubando bordão de RebeldeS ? -Eu disse cruzando os braços ela só fez dar de ombros.
-Ah! Até que em fim! -Disse Lari se referindo aos meninos que desciam as escadas com as bolsas.
-Até que em fim ? Experimenta descer isso tudo com essas bolsas, ai depois você pode cobrar o que quizer. É essa a nossa recompensa ? -Disse Miguel colocando as mãos na cintura. Larissa sorriu e foi em sua direção. Os dois trocaram uns selinhos que se tornou um grande beijo.
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Aquele Garoto
Ficção AdolescenteEu me chamo Deborah Martins e tenho 16 anos, moro em São Paulo, estudo no segundo ano do Ensino Médio. Moro com meus pais: Flávia e Oscar Martins. E o meu irmão Miguel Martins (amo e odeio esse fubango). Tenho uma melhor amiga, Larissa Magalhães, el...