Deborah Martins:
Segunda-feira, 21 de Fevereiro ~
00h21 ~Na beira da piscina da casa do Felipe...
Eu e Felipe estávamos abraçados já devia fazer uns quinze minutos.
Desde que ele e o pai dele conversaram no escritório ele não disse alguma palavra se quer.
Meu pai, Ivan, Lua e Luciano jantaram juntos. E Sophia se trancou no quarto e até agora não saiu.
Eu já estava muito preocupada. Ele não comia, não bebia nada, nem falava. Se ele estivesse deitado em algum lugar imóvel eu desconfiaria que nem respirando ele estaria.
— Amor? — Perguntou ele e nos afastamos um pouco somente para nos olharmos nos olhos.
— Você precisa comer. — Foi a única coisa que eu disse.
— Não. Eu preciso de você. — Ele disse afagando meu cabelo.
— Eu estou aqui, e não vou embora até ter certeza que você está melhor, está bem? — Sussurrei. Felipe assentiu. — Mas você precisa se alimentar e se hidratar.
Felipe deu uma leve risada e eu o olhei duvidosa.
— Você fica tão linda preocupada. — Disse ele me dando um beijo na testa.
— Vamos. — Disse eu levantando e o ajudando a se levantar. Na cozinha encontramos com Lua e Ivan. Lua estava apoiada na bancada e Ivan estava ao seu lado afagando suas costas.
Quando notaram nossa presença pareceram ficar envergonhados.
— Vocês não precisam ficar com vergonha. — Disse Felipe. — Hoje não estou bem para implicar com vocês. E tá mais que na cara que vocês se gostam.
Lua e Ivan trocaram olhares mas permaneceram em silêncio. E neste mesmo silêncio pegamos o resto das sobras da janta e comemos.
— Como você descobriu? — Perguntou Lua para Felipe.
Lua e Ivan estavam sentados em um lado do balcão enquanto eu e Felipe no outro. Lua e Felipe de frente, Ivan e eu de frente.
— Sempre teve algo de diferente, de estranho. Eu via a família da Deborah e do Ivan, via como eles eram felizes mesmo com todos os problemas e obstáculos. Sempre todos próximos, com algumas confusões, mas sempre próximos, nem que fosse para brigar. E senti falta disso aqui em casa. Então simplesmente decidi ir visitar o escritório dele. E achei aquela foto em um retrato na mesa dele. Abri o computador dele e vi várias mensagens, inclusive sobre preparativos de casamento.
— Você acha que o papai vai se casar com essa mulher? Seja quem ela for. — Perguntou Lua com os olhos marejados.
— Não sei. — Disse Felipe franzindo o cenho e apoiando a cabeça nas mãos.
— Se ele não se sentir feliz ou confortável nesta casa, nesse casamento, seus pais vão se separar e talvez seu pai vá embora e se case com essa outra mulher. — Disse Ivan para Lua. — Mas isso é bom. Você não quer ver seu pai feliz?
Lua assentiu e fungou. Ivan limpou suas lágrimas e Felipe os olhava por entre os dedos que estavam em seu rosto.
— Deve ser de família. — Disse Felipe e viramos para ele curiosos. - Esse dom de aconselhar e reconfortar. Deve estar no sangue dos Martins.
Sorri.
— Deve estar no sangue dos De Andrade esse sentimentalismo e choro todo. — Disse eu.
— Faz sentido. — Disse Felipe olhando para Lua chorando e sendo amparada por Ivan.
— Tô preocupada com a sua mãe. Ela está trancada no quarto desde que vocês saíram do escritório. — Eu disse.
— Acho melhor nós irmos lá em cima ver se ela estava bem. — Disse Felipe passando as mãos no rosto limpando as lágrimas.
Nos levantamos dos bancos do balcão e subimos pela escada da cozinha.
— Mãe? — Perguntou Felipe batendo da porta de leve. Esperamos uns segundos mas nada de resposta. Quando Felipe estava perto de bater outra vez a porta foi aberta e Sophia apareceu, diferente do que eu jamais vi ou imaginei que ela estaria depois da notícia que ela recebeu a pouco.
Ela estava com um vestido justo vermelho escuro e salto agulha preto. Cabelos soltos e encaracolados. Maquiagem clara imperceptível. E atrás delas vi malas grandes pretas de couro fechadas de pé prontas para viagem, seja lá para onde for a viagem.
— Uau. — Eu disse. — Você está... Magnifica.
— Para onde a senhora vai? — Perguntou Felipe olhando a mãe de cima a baixo.
— Embora. — Disse ela dando as costas para nós, para poder pegar as malas.
— Embora para onde? — Tornou a perguntar Felipe.
— Embora para a casa da sua avó.
— Vó Lúzia? — Perguntou Felipe e ela assentiu. — Mas, e eu? E a Luana?
— Já falei com a Flávia e com o Oscar, vocês vão ficar bem. — Disse Sophia parando novamente de frente conosco.
— Não faz nem vinte e quatro horas que saímos de lá. — Disse Felipe. Abrimos espaço para Sophia passar pela porta com as malas. Ela fechou a porta e seguiu pelo corredor até a escada da cozinha.
— Ah, é mesmo. Mandei uma mensagem para o seu pai dizendo que a casa é toda dele e da outra família dele, e que não vou mais atrapalhar. — Disse Sophia parando no primeiro degrau. — Será que poderia me ajudar aqui Felipe?
Sem dizer nada Felipe ajudou a mãe a descer as malas. Lua se levantou e olhou para as malas.
— Para onde você vai mãe? — Disse Lua quase voltando a chorar novamente.
— Vou para a casa da Vó Lúzia. Vai ficar tudo bem meu amor. — Sophia deu um beijo na testa da Lua e seguiu com as malas para a sala.
Sophia passou pela porta e com a ajuda dos filhos colocou as malas no porta malas. Sophia parou ao lado do carro para olhar mais uma vez para os filhos.
— Eu amo vocês. — Disse Sophia com a voz embargada.
— Avisa quando chegar lá. — Disse Felipe. Sophia assentiu sorrindo e entrou no carro. Os faróis foram acesos e o carro deu partida.
A Sophia foi embora.
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CHEGUEI! FORA DO DIA? SIM, MAS CHEGUEI.Fiquei tão contente hoje que acabei terminando esse capítulo e decidi postar no mesmo instante.
Fiquei contente porque tirei a tala hoje, finalmente! Juro que vou ser mais cuidadosa agora quando estiver jogando qualquer esporte hehe.
Enfim, o que acharam do capítulo?
Votem, comentem e obrigada por tudo, porque somos 2K de votos e quase 42K de visualizações! ❤Amo vocês, até o próximo capítulo!
Ter 30/08/2016 ✌❤✍
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Aquele Garoto
Novela JuvenilEu me chamo Deborah Martins e tenho 16 anos, moro em São Paulo, estudo no segundo ano do Ensino Médio. Moro com meus pais: Flávia e Oscar Martins. E o meu irmão Miguel Martins (amo e odeio esse fubango). Tenho uma melhor amiga, Larissa Magalhães, el...