É eu tenho medo de filme de terror. Ótimo homem eu sou, mais macho impossível, começa Atividade Paranormal e eu já estou chegando na fronteira do México com os Estados Unidos. Fujo mesmo.
Mas pelo menos minha namorada é mais corajosa. Consegui assistir Atividade Paranormal 4 inteiro com a Deborah sem sair correndo ou começar a chorar. Isso é bom, vencendo seus próprios medos.
Mas tem outro medo que eu realmente não consigo de jeito nenhum superar. Altura.
Sou acrofobo, quem tem fobia de altura. Haha, muito engraçado eu sei.
Sempre fui muito querido pelas meninas. Sempre que queria uma, só ia. Mas teve uma que em especial de primeira não consegui, e vocês sabem de quem eu estou falando. Deborah Martins.
Mas antes da Deborah eu namorava a Rafaella.
Ah, Rafaella. Eu gostava dela. Ainda gosto, mas como amiga. Ela estudava na mesma escola que eu. Ela me traiu.
Com o meu melhor amigo e primo dela. Sim, primo. Eu fiquei transtornado quando ouvi dizer que eles tinham ficado em um festa. Cheguei devagar perguntando de mansinho e descobri pela própria Rafaella.
A mãe do Arthur (esse era o nome do traidor), Rosalina e a minha mãe eram super amigas e de início não entenderam o motivo da briga: Rafaella, a sobrinha de Rosalina.
Eu e o Arthur brigamos, e feio. Mas a nossa briga não foi bate e boca, foi soco e chute mesmo. Fazíamos box na mesma acadêmia. Costumávamos brincar de luta quando pequenos, mas essa foi séria, de verdade.
Ele me desafiou e eu aceitei. Lutamos três rounds, mas no segundo ele quase não conseguia se manter de pé. Assim eu consigui o nocautear, aperfeiçoar mais meu box e ainda por cima me vingar.
Meu pai tinha aberto uma nova filial da Advocacia então nos mudamos. Minha mãe já estava entrando em depressão por conta da morte da chihuahua dela, abandonar a nossa antiga casa, abrigo de várias lembranças felizes foi mais difícil ainda.
Tentamos convencê-la em adotar um novo cachorro, um gato, papagaio, mico-leão-dourado, guaxinim, gambá... Qualquer coisa. Mas ela não queria. Ela só queria a chihuahua chamada Cher.
Minha irmã na pior fase da vida (como se eu ainda não estivesse nela também) estava começando a querer namorar. Não fiquei nem fico nada contente com essa história.
Sempre que íamos embora da escola ela vinha com um batalhão de amigas junto, elas passavam o caminho todo conversando sobre meninos e às vezes eu tentava me desfocar da conversa, mas era impossível, se eu tentasse não prestar atenção a voz delas invadiam minha mente e atrapalhavam meus pensamentos então a única coisa que me restava era escutar e às vezes opinar falando "Esse muleque pega todas, não confie nele" ou "Ele namora umas cinco ao mesmo tempo". Sorte a delas, elas tinham a mim como informante sempre que quisessem.
E meu pai. É. Até onde eu consiga puxar na minha memória ele sempre foi meio distante. Lembro de quando eu tinha seis anos e pedia para jogar futebol com ele e ele sempre respondia "Agora não filho".
Ele quase não fica em casa. O que eu acho muito estranho. Até porque o pai da Deborah também é advogado e sempre está presente. Eu desconfio que ele tenha outra mulher. Não duvido nada.
Mas me preocupo com a minha mãe. E se eles se separassem ? Ela ia se afundar na depressão sem aviso de volta. Eu não quero que isso aconteça. E não vou deixar que aconteça.
2/4 Bônus Um Ano de Aquele Garoto 🎁🎂🎈
Qua 20/04/2016 😍💕
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Aquele Garoto
Teen FictionEu me chamo Deborah Martins e tenho 16 anos, moro em São Paulo, estudo no segundo ano do Ensino Médio. Moro com meus pais: Flávia e Oscar Martins. E o meu irmão Miguel Martins (amo e odeio esse fubango). Tenho uma melhor amiga, Larissa Magalhães, el...