Deborah Martins:
Quarta-Feira, 3 de Fevereiro ~
12h33 ~
-Deborah! -Me chamou uma voz masculina enquanto eu andava em direção ao portão de saída de mãos dadas com Felipe. Me virei de automático mais me arrependendo, deveria ter ignorado e continuado andando, vai que ele se cansava e não conseguia nos alcançar.
-Pois não querido padrasto ? -Eu disse ironicamente e recebi um olhar censurador do Felipe.
-Sua mãe, ela quer falar com você ela está na linha. -Ele me estendeu o smartphone onde tinha uma foto da minha mãe sorrindo e escrito "Amor" em cima. Suspirei ao ler isso. Peguei o celular e coloquei na orelha.
-Oi mãe. -Falei me perguntando se ela iria me dar uma bronca ou... Não sei, só a opção da bronca me pareceu próxima.
-Nós vamos sair para almoçar, nós cinco. Você queira ou não. -Foi a única coisa que ela disse, alto, claro e firme. Parei e fiz as contas... Cinco ?
-Quem vai ser a quinta pessoa ? -Perguntei confusa, a primeira pessoa que me veio a mente foi Brenda, mas minha mãe não seria cruel a este ponto com ela, humilhar os sentimentos dela publicamente.
-A Larissa é claro, também a considero da família. -Ela disse no mesmo tom firme de antes.
-Pois coloca um sexto na lista porque se é assim então a família acaba de crescer mais, eu to namorando com o Felipe, mãe. -Eu disse olhando de relance para ele que estava com uma sobrancelha erguida. Ela pareceu hesitante.
-Está bem, nós seis então. Quer dizer, se ele conseguir ir. Ah, mais uma coisa. Vocês vão pegar carona com o Roberto para vir para casa. -Disse ela ainda hesitante.
-Como é ? -Eu disse explodindo. -Eu sabia que isso ia acontecer a qualquer momento, agora só falta pedir para eu chamar ele de pai, nem meu pai eu chamo de pai. -Eu disse rapidamente.
-Deborah, seu Zero já me aborreceu o suficiente por hoje não acha ? -Esse argumento me fez ficar calada. -Só pega a droga da carona que depois conversamos. Tchau. -Ela me pareceu irritada, ela com certeza estava irritada, devolvi o celular e respirei fundo.
-Aceito a droga da carona. -Eu disse me sentindo obrigada a ir.
-Que ? -Disse Felipe baixinho.
-Minha mãe quer sair com nós cinco, o Roberto, o Miguel, a Larissa, Eu e... Você. -Eu disse baixinho, não sei porque.
-Eu ? -Ele perguntou.
-Minha mãe disse que considera a Lari da família só porque namora meu irmão, então... -Eu dei aos ombros, ele sorriu me fazendo sorrir. Fomos atrás do professor que se dirigiu até um carro grande (praticamente uma van) , grande capaz de suportar uma família de sete, oito pessoas, isso me fez refletir se Roberto tem filhos. Larissa e Miguel esperavam sussurrando perto do carro quando nos viram arregalaram os olhos.
-Pensei que você iria resistir e ia tentar chegar lá correndo. -Disse Miguel surpreso.
-Quase. -Eu disse e fiz o sinal de cortando meu pescoço. Isso o fez despertar.
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Aquele Garoto
Ficção AdolescenteEu me chamo Deborah Martins e tenho 16 anos, moro em São Paulo, estudo no segundo ano do Ensino Médio. Moro com meus pais: Flávia e Oscar Martins. E o meu irmão Miguel Martins (amo e odeio esse fubango). Tenho uma melhor amiga, Larissa Magalhães, el...