33 - Era isso, hora de deixar o passado para trás.

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Quando abri os olhos na manhã seguinte, eu estava sorrindo, me espreguicei olhando para Alfonso. Sem pesadelos hoje, eu sabia que seus pesadelos não sumiriam do nada, mas era bom saber que eles abrandam às vezes.

Então uma noite sem pesadelos, teríamos um dia bom, eu espero.

Estremeci quando Mia chutou, mas sorri em seguida esfregando a barriga, Alfonso bocejou abrindo seus bonitos olhos verdes, e me encarou com um sorriso erguendo sua mão para tocar a minha sobre minha barriga.

– Bom dia, minhas meninas!_  ri me inclinando pra ele e o beijando.

– Bom dia amor!_  ele sorriu contra meus lábios se afastando em seguida com um sorriso, tão despreocupado, ele parecia realmente bem.

– Então o que temos planejado para hoje?

– Muitas coisas!_  me joguei ao seu lado o olhando um pouco hesitante. - Precisamos ir ver seu fisioterapeuta, além de claro ir comprar coisas para a bebê!_  falei animadamente, tentando fazer ele não se ligar muito no negócio de fisioterapia.

– Parece bom!O que já comprou para o  bebê?

– Nada realmente, eu só ia comprar depois que soubesse o sexo, e ai quando descobri foi aquela confusão só. Agora precisamos comprar o berço, decorar o quarto, comprar roupinhas, e juntos!_  gritei a última parte o fazendo rir.

– Sim, juntos é a melhor parte!_  piscou se levantando. – Que tal jogar de enfermeira e me ajudar no banho, Sra. Herrera?

Arquei uma sobrancelha para ele, Alfonso estava nu e animado, oh sim, muito animado, mordi o lábio tentando esconder meu sorriso.

– Só ajudar o Sr. Herrera?

– Bem, se você não contar a minha esposa eu deixo você lavar minha tatuagem. _  comecei a rir enquanto já saia da cama.

– Embora eu deveria ficar brava pelo senhor ser casado, o poder dessa tatuagem é mais forte!_  suspirei dramaticamente passando por ele em direção ao banheiro.

Alfonso grunhiu me seguindo e ri, eu grávida e ele mancando, isso não ia prestar.

[...]

Prendi o cabelo em uma trança folgada, enquanto olhava Alfonso vestir uma camisa, sorri abertamente. Embora transar no chuveiro em nossa atual condição, de grávida e machucado, não tenha sido fácil, foi divertido.

Ele até me deixou colocar o plástico em sua perna e nem pareceu chateado com isso, ele estava todo brincalhão, e tão feliz, não sei o que deu no meu soldado, mas ele estava voltando a ser o cara que veio me ver no natal, o que me mandava cartas pervertidas e brincalhonas, o homem que eu amo.

– O que está pensando? _  ele perguntou se aproximando de mim já vestido, sentou na cama ao meu lado me abraçando pelos ombros.

– Um monte de coisas, mas principalmente em você, é bom vê-lo melhor.

– Eu me sinto melhor!_  me inclinei para escovar meus lábios contra os seus, ele gemeu chupando meu lábio inferior, e queria montá-lo, mas precisávamos mesmo sair.

Alberto tinha marcado a consulta com o médico e eu não queria me atrasar.

Me afastei dele com um sorriso, levantei estendendo a mão para ele que a pegou, mas não soltou minha mão, entrelaçou nossos dedos e caminhamos juntos para baixo, ao chegarmos, Alberto estava colocando um bule de café na mesa.

– Ah ai estão vocês, já ia no quarto chamá-los.

– Dá tempo de tomar café? _  perguntei olhando com desejo o monte de guloseimas na mesa, Alberto riu, com certeza vendo minha cara de morta de fome.

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