Deixe-me levá-la para casa

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Ela se afasta, solta as minhas pernas e deixa-me deslizar para baixo da parede, para os meus pés e, em seguida, ela reorganiza sua virilha enquanto observa meu rosto chocado, com olhos semicerrados.
— Adoraria, mas estou atrasada.

— Sua filha da puta. — Eu cuspo, tentando desesperadamente me recompor. Isso não é bom. Por que se afetar, fingindo estar preocupada? Isso nunca vai funcionar. Eu
desço e pego minha bolsa antes de empurrar a porta aberta, tinindo nos meus calcanhares frustrados através do foyer.

— Bom dia, Camila. — O tom fresco, feliz de Clive me irrita.

Eu consigo apenas, emitir um grunhido baixo, quando eu passo, saindo para o sol e colocando meus óculos, imediatamente amando o fato de que meu presente não está aqui, mas o meu Mini está. Ela vai ter que me deixar sair, e isso é melhor. Eu entro e mal começo a ligar, e há uma pequeno toque na minha janela.
— Pois não? — Pergunto abaixando a janela.

— Vou levá-la para o trabalho. — É esse o tom, mas eu não podia pegar essa jogada.

Eu fecho a janela de volta.
— Não, obrigada. — Eu manobro para fora do espaço, tomando cuidado para não passar por cima dos seus pés, antes de puxar o meu telefone da minha bolsa e discar Lusso.

— Bom dia, Clive. — Minha saudação está há um milhão de milhas de distância do grunhido que eu acabei de dar a ele.

— Camila?

— Sim, desculpe por incomodar. Você poderia abrir os portões?

— Claro. Eu vou fazer isso agora.

— Obrigada, Clive. — Um sorriso presunçoso rompe os cantos dos meus lábios, e eu lanço o meu telefone no assento do passageiro, os portões começam a se abrir, mas, eu não fico por aqui. Eu dirijo em linha reta para fora da área do estacionamento, olhando as mãos de Laur acenando ao redor e acima de sua cabeça antes que ela corresse de volta para o foyer.

Depois de dirigir para cima e para baixo pela área do estacionamento por uma eternidade, procurando uma vaga, eu finalmente entro através das portas do escritório com uma meia hora de atraso. Eu ainda estou um pouco suada, estou ainda mais sem fôlego e minha frustração é óbvia, especialmente quando eu jogo a bolsa na minha mesa e a minha caneta cai com ela, o barulho alto atraindo a atenção dos meus colegas de trabalho, todos viram suas cabeças para fora da cozinha para ver que comoção toda é essa.
— Sentindo-se melhor? — Harry pergunta, seu olhar curioso por eu estar toda suada.

— Sim! — Eu respondo, arrancando minha bolsa do chão e caindo em minha cadeira. Eu faço algumas respirações calmantes e viro minha cadeira giratória em direção à cozinha, encontrando três conjuntos de sobrancelhas levantadas.

— O quê foi?

— Você está horrível- — sinaliza Lucy. — Talvez você devesse ter ficado longe do trabalho.

— Eu posso buscar um Starbucks para você —Ally oferece docemente.

Eu suavizo meu rosto carrancudo para todas as expressões que apontavam para mim, que já se transformaram de curiosos em interessados. Eu esqueci que, ontem, eu estava supostamente doente.
— Obrigada, Ally. Isso seria ótimo.

Ela caminha até a mesa e puxa um pouco de dinheiro da lata.
— Alguém mais?

Lucy e Harry gritam tanto suas ordens para Ally, que mal para, para ouvi-los antes de deixar o escritório imediatamente, provavelmente para escapar do meu mau humor óbvio. Eu viro meu computador e abro a minha conta de e-mail. Harry e Lucy estão de pé no final da minha mesa em um piscar de olhos.
— Você parece pálida. — Hazz observa, girando uma caneta entre os dedos, com a camisa azul-turquesa e laço amarelo que faz estragos para os meus olhos cansados.

Mi Mujer (3ª temporada) Onde histórias criam vida. Descubra agora