Pooks - A Continuação do Legado dos Pogues

vinte e cinco

POV SOL

- O Tyler não é tão idiota assim, acredita em mim. — falo enquanto estou andando com Liam pela rua.

- Eu estou me esforçando para acreditar. Apesar de não estar funcionando muito.

- Você não leva nada a sério? — dou uma risada.

- As vezes. — ele me observa enquanto chegamos ao local. — Você mora aqui?

- No castelo? Não. — falo enquanto subo os degraus da escadinha da varanda. — Meu avô morava aqui, essa casa é da minha família.

- E eu posso estar aqui?

- Claro que pode, é meu convidado. — dou uma risada enquanto abro a porta com um chute.

As vezes ela emperra, aí temos que chutar a parte de baixo para abri-la.
Uma particularidade desse lugar.

Aponto para o sofá, para que Liam se sente e ando até o banheiro, pegando o kit de primeiros socorros.

Depois volto para sala e pego um banquinho, me posicionando na frente de Liam, que observa o ambiente curioso.

- Pode parar de olhar pro alto e abaixar a cabeça para eu ver isso! — falo segurando o rosto de Liam e o aproximando de mim — Isso está feio.

- Contanto que não precise de pontos, está tudo bem.

- Não precisa de pontos. — observo o machucado enquanto aplico um antisséptico num algodão.

Começo a limpar o machucado de Liam e o menino ao menos se encolhe com o contato do algodão na sua pele, ele apenas me observa e admito que estou começando a ficar desconfortável.

- Minha mãe usava esse kit de primeiros socorros para limpar os machucados do meu pai. — falo enquanto limpo o rosto de Liam. — Não com esses exatos produtos, mas usava o mesmo... a mesma maleta.

- Seu pai se metia em muitas brigas?

- Sim e não. Na verdade sim, mas... ele apanhava do meu avô e já tentaram matá-lo. Mais de uma vez até.

- Porque a sua história e a da sua família são tão surpreendentes?

- Porque meu sobrenome é Maybank. — brinco e Liam da uma risada.

- Bom lembrar. O sobrenome Maybank é histórico na cidade.

- E quase tudo por causa do meu pai e da minha tia. — pego um novo algodão e coloco mais antisséptico — Um pouco por causa dos meus avós, mas a gente não fala muito deles.

Jogo o algodão fora e olho nos olhos de Liam, que não corta o contato visual.

- Porque? — ele pergunta desviando o olhar dos meus olhos para os meus lábios.

E eu faço o mesmo.

- Porque... — falo devagar — porque...

Respiro fundo, gaguejando patéticamente e não conseguindo pensar.

Puxo Liam pela nuca e o beijo ferozmente, afastando a maletinha que estava entre nós.

Liam me puxa para seu colo e segura minhas pernas em volta de seu corpo, subindo suas mãos pela minha perna e as pousando na minha bunda.

Enrosco minha mão em seu cabelo e desço a outra pelo seu peitoral, começando a me mexer no colo do menino.

- Sol... — ele tenta falar mas eu o beijo novamente.

Definitivamente eu sei onde isso vai dar, mas eu realmente não estou ligando.

Bebi o suficiente apenas para aumentar o meu tesão, Liam também está sóbrio. O som das ondas apenas deixa o clima ainda mais intenso.