quatorze

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POV SOL

- A minha roupa realmente está boa? — minha mãe pergunta ajeitando seu vestido.

- Kiara, eu já disse que está — meu pai tenta soar carinhoso, mas sua voz sai impaciente.

- Você poderia ser um pouco mais compreensivo comigo, sabia?

- Eu estou sendo compreensivo — meu pai se defende — eu não estou sendo compreensivo?

- Não — minha mãe cruza os braços e quando percebo, estou parada na mesma posição que ela.

Descruzo meus braços, me apoio sobre as outra perna e toco a campanhia da casa dos meus avós mais uma vez.

- Eu não queria nem estar aqui — minha mãe reclama — agora, estar aqui com você de mau humor...

- Vovô — falo sorrindo quando meu avô abre a porta — estava com saudades.

- Oi minha querida — ele me abraça — como vão as coisas?

- Boas.

- Mesmo? — ele olha para os meus pais, ambos emburrados pela discussão que acabaram de ter.

- Você sabe como eles são — falo rindo — nenhuma briga dura muito tempo.

- Eu sei disso — meu avô ri e se aproxima dos meus pais, que estão parados de braços cruzados.

Entro na casa e me sento no sofá da sala, fofinho e branco, extremamente branco.

- Parece que ninguém pisa aqui há tanto tempo — falo olhando pela sala, também extremamente limpa.

- Mas eu piso — ouço uma voz que eu estava morrendo de saudades.

- TIA KAT — levanto do sofá e corro até as escadas, de onde minha tia desce sorrindo.

- A KATE ESTÁ AÍ — meu pai entra correndo na direção da morena, que desce as escadas gargalhando.

- Também estava com saudades de vocês — minha tia sorri enquanto se solta do abraço apertado do meu pai.

- Não, eu não vou te soltar — ele resmunga — porque eu não sei quando vou ver você novamente.

- JJ, para de drama — minha mãe puxa minha tia pela mão, a abraçando também. — Você está linda.

- Obrigada — tia Kat encolhe os ombros.

- E como estava na...

- França.

- França.

- Foi legal — tia Kat ri — as meninas francesas são as mais lindas.

Tia Kat pisca para mim enquanto minha mãe ri.

- Meu Deus, Kat — meu pai exclama.

- O que?

- Você é uma criança.

- Não é não — eu e minha mãe falamos juntas.

- É sim — meu pai fala com a voz aguda — você ainda é...

- A Kat é tudo, menos um bebê — minha mãe brinca andando até a cozinha, deixando nós três para trás.

- Porquê você parece tão nervoso? — minha tia se aproxima de JJ com os braços cruzados.

- Eu pareço? — ele se vira para mim

- Sim — respondo.

- Sabe como é a sua irmã com os almoços em família — ele suspira e tia Kat concorda com a cabeça sorrindo e ajeitando os cabelos do meu pai.

Pooks - A Continuação do Legado dos PoguesOnde histórias criam vida. Descubra agora