Narrado por Victor
Atordoado, a palavra correta para me definir neste exato instante.
Preso sem poder fazer nada. A segurança deste lugar nem se compara com os lugares anteriores em que estive.
Não ter noção de como estavam os outros era tortuoso, não saber se Albert estava vivo ou morto era um dos motivos que me deixavam mais frustados, não queria acreditar em sua morte, e me apeguei no pequeno fio de esperança, a esperança de que ele se mantem vivo.
Culpo a mim por não perceber que quem estava ao meu lado era um lobo vestido de ovelha, se eu não ouve-se abaixado a guarda, se tivesse notado, ainda estaríamos na casa de Heitor, fazendo planejamentos dos nossos próximos passos, e Albert estaria bem, todos estaríamos bem... ou talvez não, levando em conta que quem nos levou até lá, é o mesmo que nos puxou de volta para esse inferno, Suzuki, aquele merdinha hipócrita, realmente o odeio com todas as forças que ainda me restam.
Tenho que sair daqui, mas nãos sei como, não tenho nem ideia de como é o aspecto do local, nem sequer a quantidade de guardar existem lá fora.
A porta se abriu mostrando o rosto de duas pessoas na qual me indigna, Issac e Suzuki.
— Como foi sua noite? - Questionou Suzuki cinicamente se aproximando, foi quando notei as algemas que Issac segurava, que obviamente eram para mim. O mesmo veio até mim e as colocou, logo depois retirou aquelas que me prendiam a está cela, fui forçado a caminhar para fora, acompanhado por guardas me levaram por um corredor, onde as luzes ficavam mais francas conforme prosseguíamos, ao longe do corredor era possível a visualização de uma porta de ferro enferrujada, quanto mais no chegava perto mais medo eu sentia, me arrepiava com o fedor que ficava mais forte, o odor de ferro e sangue mesclados, um cheiro tão horrendo que arrepiava até minha alma.
Passamos pela porta enferruja e suja, por dentro aquele lugar era pior, o cheiro mais forte, um local caótico, bagunçado e escuro. Era um laboratório dos OMRs, isso se tornava notório ao ver a sigla deles estampada na parede onde se localizava uma bancada. Ao observar melhor pude ver algo ainda mais intrigante, estava sendo assistido através de uma parede de vidro, longe de toda zona que era esse lugar pelos próprios OMRs.
Suzuki se retirou para se juntar a eles do outro lado, me deixando apenas com Issac, mas não demorou muito até vários homens vestindo jalecos pretos e mascaras que cobriam metade do rosto entrarem na sala, e cada um trazia certos equipamentos cirúrgicos e de pesquisas, uma vista que me aterrorizou profundamente, logo soube que se não escapasse ou se não acontecesse um milagre eu morreria naquele lugar, porém, não havia tantas alternativas para mim, estava aceitando esse fator, a morte.
— Não fique apreensivo, não te mataremos agora, vamos brincar um pouco - Disse um dos cientistas birutas colocando algum medicamento dentro da seringa que segurava.
— Isso é muito tranquilizante - disse ironicamente enquanto me afastava deles e me aproximando de um balde que contia um liquido viscoso nojento e estranho. Quanto mais eu me afastava, mais eles se aproximavam, e isso era exatamente o que eu queria, ao chegar perto o suficiente do balde, rapidamente o peguei e joguei aquele líquido sobre eles, exceto Issac que estava na direção oposta, os homens de jaleco logo se puseram ansiosos, pois aparentemente aquilo era pior do que potássio, corroeu seus jalecos até chegar em suas peles rapidamente.
aproveitei a oportunidade e corri para a porta, mas a escoria de Issac se pós a minha frente, mas antes que pudesse me impedir peguei um banco de ferro que havia ali perto e lancei sobre ele com toda minha força, e ele automaticamente gritou devido ao impacto e caio ao chão de imediato, logo abri a porta, mas algo já estava a minha espera, dez guardar estavam do outro lado acompanhado de cachorros mortais, parei imediatamente ao ver isso, foi quando senti a mão de Issac me puxar novamente para dentro, já não havia mais alternativas para mim.
Narrado por Heitor
Tentei ao máximo pensar em uma saída, uma estrategia, mas tudo o que eu pensava deixada de ser uma alternativa quando não se sabia o que me aguardava do outro lado.
Gaia se mostrava forte, contudo, eu podia ver o quanto ela estava esgotada, eu tinha que pensar em algo rápido.
Uma mulher vestindo o uniforme da guarda abriu a porta trazendo alimentos, seu cabelo era de cor escura e curto com a lateral raspada, sua estrutura muscular era notória, não exagerado, mas estava de um modo que combinava com ela, tenho que admitir que me atraiu um pouco.
A mulher apenas colocou os mantimentos próximo o suficiente para pegarmos, mas antes mesmo que ela se virasse para ir embora implorei.
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LIBERDADE PROIBIDA
RomanceVictor Laryck, que sonha com liberdade em uma cidade cercada por muralhas que lhe impedem de ir a qualquer outro lugar, um mundo onde você deve sempre seguir regras, sempre ter alguém que mande em você, lhe tratando como animal. Colocando tudo de s...