Capítulo 13 Um Tiro

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Narrado por Victor 

Albert me contou todos os detalhes sobre o plano que ele e Suzuki planejaram, tenho que admitir que com a ajuda de um OMR as coisas ficam um pouco mais facies, mas ainda estou duvidoso com tudo isso, não sei se fiz o certo ao dar um voto de confiança para Albert, mas eu não tenho outra alternativa de qualquer modo, bem, ter alternativa eu tinha, ou eu ficava naquele lugar esperando o pior ou eu fugia, logicamente eu escolhi fugir.

Eu e Albert saímos do parque, onde estávamos conversando e nos direcionamos a próxima etapa do plano, ir para a floresta, o que me fez lembrar do inicio disso tudo, quando eu e Albert estávamos naquela floresta, lembrei de quando acampamos perto do lago, olhei para Albert que estava conduzindo o caminho na minha frente, ele era a pessoa que eu mais confiava e amava, mas não posso dizer que parei de ama-lo, pois ainda tenho sentimentos por ele, o unico problema que se encontra em minha mente nesse momento é "o que eu devo fazer?" o que eu faço com o que sinto? tento esquece-lo como estava tentando antes? ou devo lhe dar uma chance, assim como lhe dei um voto de confiança? Não vou pensar nisso agora, tenho que focar no que vamos fazer, fugir.

Não demorou muito para chegarmos na floresta, já  que o prédio em que estávamos era perto daqui. Nos chegamos, mas onde estava o caminhão que tinham falado? eu estava sem entender, mas Albert parecia tranquilo, uma luz apareceu pela floresta, não sei dizer o que era, ela ficava pistando.

— O que é essa luz? - Perguntei olhando para Albert.

— Código Morse. Nos utilizamos ele para nos comunicar quando não queremos que nossos inimigos saibam sobre nos, geralmente apenas os OMRs e alguns superiores sabem sobre o código, mas Suzuki me ensinou isso quando eu era menor.

— E oque estão dizendo?

— Espere um pouco - Albert pegou um pequeno caderno da bolça junto com uma caneta e enquanto observava a luz ele escrevia. eu me aproximei e olhei para o que tinha escrito, eram apenas pontos e traços, não entendi nada, ele deve ter percebido isso e deu uma leve risada e olhou para mim.

— É a sequência, se observamos a luz vamos saber quando é para colocar os pontos e traços, e conforme escrito se pode saber a letra, depois é apenas juntar tudo, olhe - Ele me mostrou os traços que eram " . ... _ ._ __ ___... ._ __._ .._ .." e depois escreveu eles em letra: " .(e) ...(s) _(T) ._ (a) __(m) ___ (o) ...(s) ._ (a) __._(q) .._(u) .. (i)" formando "estamos aqui". Agora eu entendi, mas ainda não entendo esse código.

 — Vamos - ele disse guardando as coisas, entramos um pouco a dentro da floresta e entramos em uma parte bem coberta por  arvores e plantas, e lá estava um homem a nossa espera, o que eu deduzi ser o Suzuki, e tive certeza quando Albert pronunciou seu nome.

— O que vamos fazer agora Suzuki? - Albert se aproximou dele.

— Como já tínhamos planejado, vocês vão vestir uma outra roupa, a farda dos entregadores capacitados pelos OMRs para passar pela muralha, e quando chegarem na muralha os guardas irão falar com você, então irá entregar o cartão de aceso, isso permitirá que possam entrar, e quando passarem, vocês vão percorrer por uma estrada reta, mas não vão utilizar o mesmo caminho que os entregadores geralmente fazem, no mapa terão as coordenadas para onde devem ir e também as coordenadas  de onde não devem ir, pois é vigiada por câmeras, eu coloquei o máximo de detalhes que pude, espero que dê tudo certo. Agora esperam, vou pegar suas roupas. - Eu e Albert ficamos esperando enquanto ele ia buscar as roupas dentro do caminhão, e nesse período não foi pronunciada nenhuma palavra sequer. Suzuki chegou com as roupas e nos entregou, eu já estava indo para dentro do caminhão me trocar, mas fui interrompido por Suzuki.

— Victor, deixe Albert se trocar primeiro. - Ele disse olhando para mim.

— Por que? - Perguntou Albert

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