É hoje, hoje é o dia da fuga para além das muralhas, eu estava mais nervoso que nas outras vezes, tão ansioso que Albert tinha que me acalmar. Hoje é o dia oficial dos OMRs, haviam vários guardas marchando pelas ruas, o que me deixava mais ansioso, ansioso ao ponto de conseguir sentir meus batimentos.
Ainda era umas seis da manhã, eu e Albert ainda estávamos na quele dormitório, onde passamos por diversas coisas, formado boas memorias, a primeira vez que nos conhecemos, minhas birras com ele, nosso primeiro beijo, nossa primeira vez e o seu pedido oficial de namoro para mim. Varias memorias foram formadas ali, o que me dava um pouco de receio de deixar aquele lugar, mas nos vamos construir novas memorias, tão boas quanto essa e até mesmo melhores.
Eu podia estar ansioso, mas o Albert parecia atordoado, mesmo ele não demonstrando, sei que ele não esta bem, o que será que esta pensando? talvez seja por causa de hoje, pelo fato de que tudo que ele viveu e conhecia sera deixado para trás, ou também possa estar preocupado com a possibilidade de sermos pegos. Fui para perto dele, que estava olhando um mapa, e o abracei por trás, ele se virou para mim, foi quando perguntei: Está bem? Parece atordoado.
— Estou bem, apenas estou um pouco preocupado - ele dia enquanto me segurava pela cintura perto dele.
— Apenas um pouco? - disse rindo e dando um selinho nele
— Talvez muito - ele rio nervoso - Mas se você me beijar mais, talvez eu fique melhor
— Aé? então... - dei outro selinho nele, depois beijei sua bochecha, seu pescoço e novamente seus lábios, mas dessa vez um beijo mais profundo, ainda com as mãos em volta de minha cintura ele me puxou mais para si, e eu coloquei minha mão direita em seu rosto enquanto a outra ficava apoiada em seu peitoral. Paramos de beijar e ele olhou para mim acariciando meu rosto com seus dedos, os olhos que me observava transmitiam uma aura de carinho, pude sentir que ele realmente me amava, mas o mesmo olhar que me transmitia isso, trazia com sigo medo, insegurança, um medo que eu não sabia sobre o que era. Ele me deu outro selinho e voltou a ver o mapa, e repassamos novamente o que iriamos fazer. Primeiro tínhamos que sair da cidade despercebidos, oque não vai ser tão difícil, ainda mais que tem uma multidão la fora, o único problema é que vamos ter que ir andando, depois que sairmos da cidade vamos em direção a floresta, assim ninguém veria a gente indo para uma direção diferente do normal, talvez ate passemos a noite na floresta, mais isso depende da situação, e de dentro da floresta vamos em direção a muralha, pelo oque Albert falou, não vão haver tantos guardas por causa do evento de hoje, facilitando para nos, depois disso, se conseguirmos passar, só Deus sabe o que vai nos ocorrer depois das muralhas.
Em frente a nossa porta nos despedimos do local, nos despedimos de tudo que havia ali, e fomos em direção a nossa liberdade. As ruas estavam lotadas de pessoas, algumas estava animadas com aquilo, enquanto outras queriam que acabasse logo, sim muitas dessa pessoas são obrigadas a compareceram nesse evento, para mostrar respeito para os OMRs, o que é bem revoltante, mas ninguém pode fazer nada quanto a isso. Albert e eu conseguimos passar por toda aquela gente e continuamos andando, temos um longo caminho pela frente.
Mesmo tendo passado pela multidão, haviam bastantes pessoas por onde andávamos, não apenas civis, mas tinha guardas por todos os lados, isso me deixava apreensivo, Albert deve ter percebido como eu estava e segurou minha mão, mas tivemos que soltavas por causa de todos esse seres humanos ao redor, esqueci de contar, nesse lugar é proibido afeto homossexual, é proibido se relacionar com pessoas do mesmo sexo, nem me pergunte sobre o que eles fazem com casais LGBTQ+ , é horripilante, bem a maioria das pessoas não sabem o que eles fazem, mas das vezes que eu fugia, eles me deixavam preso por um dia inteiro, e dentro daquele lugar conheci pessoas, e me contaram as coisas horrendas que fazem com eles.
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LIBERDADE PROIBIDA
RomansaVictor Laryck, que sonha com liberdade em uma cidade cercada por muralhas que lhe impedem de ir a qualquer outro lugar, um mundo onde você deve sempre seguir regras, sempre ter alguém que mande em você, lhe tratando como animal. Colocando tudo de s...