LIBERDADE PROIBIDA

Capítulo 18: hummm

Era uma historia quase impossível de se acreditar, ao escultar Isaac, eu não sabia o que dizer, ainda estava processando tudo.

— Para que exatamente era essa pesquisa? O que ela faz? - Albert indagou franzindo o senho.

— Eu não sei de todo processo, pois quem liderava era os pais de Victor, mas é uma solução capaz de mudar os seus  genes, capaz de dar certas habilidades.

— Agora vocês acharam a solução para poderes super humanos? - Heitor disse em um tom sarcástico, e não era para menos levando em conta tudo o que nos foi dito.

— Como eu já pronunciei, não sei ao certo o efeito, sei apenas que modifica o corpo do individuo que injeta o produto em si, isso explicaria o motivo de você aparentemente morrer e viver em seguida.

— Como podemos saber se o que diz é verdade? E se for, como devemos lidar com isso, esses "poderes". - Questionou Albert.

— Isso não depende de mim, e sim do Victor, apenas ele pode mostrar isso.

— Como assim, até pouco tempo eu era um ser humano normal, mas agora aparentemente sou anormal, como que isso depende de mim se nem sequer sei do que esta falando? - Questionei encarando-o devido a minha indignação.

— Existe muitas coisas a serem feitas, preciso fazer um teste sanguíneo primeiro, e apos isso veremos o que vai acontecer.

Não concordei de primeira, pois era algo muito difícil de se acreditar, Heitor sugeriu que fossemos dormir, relaxar a mente e tentar conversar mais pacificamente no dia seguinte, devido a ter mais uma pessoa na casa, Gaia ficou no quarto junto comigo e Albert, não sei onde Heitor dormiria, mas apenas pediu para que cuidássemos dela.

A noite foi passando, mas não consegui dormir, Albert ao contrario de mim dormia feito uma pedra, provavelmente por causa do medicamento que está tomando.

Levantei depois de me revoltar por não conseguir dormir, imaginei que beber um pouco de água me ajudaria, por isso sai do quarto e me encaminhei em direção a cozinha, mas antes disso, me deparei com Heitor em pé ao lado da janela sendo apenas iluminado pela luz da lua.

—Não consegue dormir? - Perguntou sem olhar para minha direção, fiquei surpreso por ele ter percebido minha presença.

— Pelo visto não sou o único.

— Hummm... - Ele não disse nada mais que isso, esse cara ainda é um enigma para mim, me pergunto no que está pensando. Me aproximei dele e tentei olhar para fora da janela, estava curioso para saber o que chamava sua atenção naquele momento, mas para minha surpresa ele fez uma pergunta bem  direta.

— Sei que você e Albert passaram por bastante coisas, mas o que pensa em fazer com o relacionamento de vocês? - Ele me encarou e mesmo com pouca iluminação era possível ver a silhueta de seu rosto e o leve brilho que a lua iluminava em seus olhos. — Conversei com ele... ouvi uma historia bem fascinante, mas estou curioso sobre a escolha que ira fazer, lhe dará uma outra chance ou ira abandona-lo quando tudo acabar?

— Para que quer saber ? - Isso era algo bem pessoal, devido a isso não me sentia a vontade de contar sobre.

— Nada de mais - ele suspirou — Estou curioso para saber se tenho uma chance com ele, mas se me disser que ainda quer ficar com ele sairei de seu caminho, mas caso queira o deixar, deixe-o para mim, pois ele e completamente meu tipo.  - Não consegui saber se o que estava dizendo era verdade ou mentira, sua afeição estava neutra assim como seu tom de voz, mas de uma coisa eu tinha certeza, aquela confirmação de seu interesse me incomodou, mas devido ao meu orgulho, não tentei dizer nada de volta.

— Acho melhor eu voltar a dormir, me de licença - Foi a unica coisa que consegui dizer, mas antes mesmo de me retirar ele se pronunciou.

— Se realmente o ama, não o deixe sofrer mais do que já sofreu, acho que ele já teve uma boa punição para seus atos errôneos, agora ele está literalmente vivendo por você, querendo apenas que o abrace e superem por tudo juntos, mas se não é capaz de fazer isso, quebre o coração dele logo de vez, pois é melhor do que perfura-lo todo dia com uma falsa esperança. 

Apenas segui meu caminho de volta para o quarto, Heitor estava certo, eu tinha que fazer uma escolha definitiva, mas ainda sim, minha mente esta cheia de inseguranças, mas mesmo tendo um tornado de pensamentos em minha mente, eu não poderia fugir disso, pois sei que assim como eu estou sofrendo, Albert também esta.

Narrado por Heitor 

Já estava farto dessa enrolação, então decidi dar um pequeno empurrão, dizendo coisas sem sentido para ver se Victor tomava sua decisão definitiva, ambos estão aflitos, ao menos deveriam passar por essa aflição apoiando-se um ao outro, e devido a esse pensamento meu, disse a Victor palavras que nunca pensei em pronunciar, me senti um poeta brega ao dizer tais palavras sobre coração, mas ao menos espero que eu tenha conseguido fixar algo em sua mente.

Talvez eu faça algumas provocações, isso vai ser divertido....