Quando bate aquela saudade

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Quando eu penso em um lugar de paz,
Várias coisas atravessam a minha mente
E uma delas
É eu e tu
Com uma toalha de piquenique, morangos e chá
Vendo o por do sol na praia,
Escutando Rubel
Brincando com algumas borboletas que voam por aí (tu apontando e falando "olha ali você!") E eu rindo e te abraçando e me abrigando e te abrigando e sendo genuinamente feliz e em paz,
Tu murmurando um "Eu adoraria te ver caminhando até um altar, um dia. Andando até a tua metade, Saturno. Espero que nossa amizade dure o suficiente"
E eu resmungando que tu vai estar lá, chorando ao lado das outras pessoas que eu amo.
Que vai fazer um discurso emocionante,
E me falar aquelas coisas que fazem com que lágrimas cheguem aos meus olhos
E agradecer infinitamente ao universo por ele ter me dado tua amizade de presente.
"Óbvio que você vai me ver. Vamos ser aquelas velhinhas que tomam chá e fofocam, lembra?"
Tu sorri e fica com os olhos levemente marejados,
Sei que tu tá aceitando a ideia que merece uma amizade como a minha,
Exatamente assim como eu.
A nossa dor é meio parecida, Dolores. Acho que isso foi uma das milhares de coisas que nos uniram;
Além da arte que corre pelas nossas veias.

Eu olho para o céu virando noite
E faço uma prece silenciosa de que dure tudo isso mesmo,
Mesmo que eu não seja lá muito supersticiosa
Mas vale a pena ter fé por você.

— Eu também gosto da ideia de envelhecer com você.

EfêmeroOnde histórias criam vida. Descubra agora