Não vou falar de amor, mas não vou mentir dizendo que eu não te amo.

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Lagum e você.

Eu sei que no começo parecia que eu não queria falar de amor, e que não gostava de ninguém; mas na verdade eu não queria falar dos teus olhos (porque eles me mostravam toda a verdade e reciprocidade que eu não queria ver), e da sua boca sequer comentar, porque ela sempre me fez falar o que eu tinha medo de dizer ("eu te amo", "me beija" e coisa e tal). Até porque sempre foi fácil evitar falar de nós, mas quase impossível não falar de ti (me diz como não falar de ti se tu sempre teve um pedaço de mim?).

E me irritava porque sempre foi algo entre o caos e o estresse, mas de um jeito isso (mexia) mexe comigo (pra bom). Acho que tu só ainda não me enlouqueceu porque louca eu já sou. E se lembra quando eu dizia que detestava a tua roupa por ser sem cor? Era só porque eu queria ver aquele teu sorriso, insinuando que tu adoraria mais o meu vestido e o meu corset, se tivesse a chance de tirar. Da mesma forma que todas as vezes que tu me cuidava, demonstrando que me ama, eu dizia um "eu te odeio" de um jeito esquisito, é que pra mim nada era mais estranho que amar.

Mas hoje em dia eu não vou nem mais mentir em dizer que eu sinto falta da minha vida bagunçada, porque com você, eu tô bem melhor. Te confesso que eu tô tão tranquila que eu até engordei uns quilos despreocupadamente, de tão confortável que tu me deixa. Com o sol forte, ouvindo Ivyson e meio deitada no teu colo até quase adormecer.
Sabe amor, eu tô sossegada aqui do teu lado, o lugar que sempre me pertenceu durante várias vidas, o qual eu finalmente voltei. Tu me disse uma vez que se apaixonar por mim não foi uma consequência de vidas passadas e promessas, mas sim uma escolha. Eu tô começando a entender isso, porque quero morar nos teus beijos por vontade própria, e viver uma eternidade contigo encaixada na minha nuca e eu cantarolando músicas sobre nós ao pé do teu ouvido, e é uma escolha. É contigo que eu quero ficar, com os lapsos de lucidez e o meu lar. (Você sempre foi sinônimo de casa).

— Momentos turbulentos sei que virão, o medo insegurança... Mas a gente não vai deixar isso vencer, afinal sempre fomos maiores que isso tudo.

(É aqui onde eu quero ficar, para o amor do mundo inteiro poder te dar).

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