Efêmero

Você (vai) me destruiu

Sabe,
A nossa cidade sempre foi pequena.
A chance da gente ter se esbarrado antes era gritante,
E eu me pergunto se algum dia eu já passei sem querer na frente da tua casa,
Sorrindo.
Tu me dizia que me amava e eu disfarçava,
Com essa cara de quem iria te destruir.

Porque sabe,
Eu tenho essa fama de quem não ama ninguém.
Mas eu te amei,
Só que nunca quis te deixar ir além de nós,
E apesar de nunca conseguir responder que porra a gente era,
Tu abalava pra caralho a minha fé.
Eu nunca amei ninguém
E nem queria te deixar (Ir além)
Mas ao mesmo tempo eu sempre quis ir,
Mas continuava aqui.
Pensando que eu iria te destruir.

Mas quando tua boca encostou na minha, eu soube que iria ser a minha desgraça.
Teu peito no meu, que era pra explodir feito carnaval,
Só bateu e arregaçou.
Porque dessa vez eu te queria mesmo,
Mas tu ficou disfarçando,
Com essa cara de quem poderia me destruir se quisesse.

Até porque no fim de tudo,
Talvez tu quem não ame ninguém.
E nunca quis me deixar ir além.
Eu sempre tive medo de te perguntar o que (a gente) eu era pra ti
Por que em um momento eu podia ser o amor da tua vida,
E no outro tu me reduzia a nada
(Tu sempre abalou minha fé em mim, em nós e em tudo existente).
Tu não ama ninguém
(Principalmente a si mesma)
E nem me deixou
Ou deixou ela
Ir além.

Mas viu,
Vê se me deixa ir?
Porque eu não aguento mais continuar aqui.
Enquanto tu me destrói.

(Eu sempre achei que eu quem tinha a cara de te destruir,
Mas eu estava enganada.
Tu me destruiu).