2.00 a.m

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São quase duas da manhã,
a chuva tava caindo batendo contra a janela
O mundo estava se acabando
Enquanto eu me acabava em ti (d)amor,
Penso em mil maneiras de te descrever como é ter uma pequena morte por você
(Penso no xamã e na Nicolly,
E finalmente entendo o fato dele amar ela na mesma frequência que morre)
Mas é que amor
Eu te gosto antes depois e durante tudo isso,
Você não entenderia
Porque a chuva tá batendo na janela
O mundo tá acabando, bonitinho
E na cidade onde não tem amor
Sua voz ecoa o som mais lindo que já perpetuou por ela
Que contradiz tudo daí,
Todos esses labirintos misticos e grafites que disseram que é impossível encontrar o amor sem perder a razão,
(Mas já dizia chorão que o impossível é só questão de opinião)
E também contradiz tudo daqui de mim
Tudo mesmo
Todas as vezes em que eu pensei que fosse impossível sentir essa atração magnética e sagrada por alguém em pouco tempo
Tão pouco que nem daria para erguer minhas barreiras
E puta merda, que bom por isso
(Penso de maneira quase histérica)
Só por isso, pela sua agilidade e sagacidade e sorriso de lado
Que meu rosto esquenta e fica molhado com lágrimas que não são de tristeza
(Nunca chorei por ti por causa disso)
Seu nome (que eu já te disse que é pra mim, o mais bonito) escapando dos meus lábios sem permissão
E os mares se estouram em ressaca pela chuva que
Não
Para
De
Cair
.

Até a chuva, que nos uniu
Nas nossas mãos
A água se transforma em profana e sagrada
Ao mesmo tempo.

— A súplica da minha boca é como uma oração pra tu me tocar por toda essa distância,
E tu
Sempre
Consegue.

EfêmeroOnde histórias criam vida. Descubra agora