Cê sabia que o amor tem parecido um tanto com você?

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E quando eu digo isso, não tô me referindo ao conceito de amor. O conceito lendário, impossível, arrebatador. A palavra, e todo o peso dessas três letrinhas. Todos os livros shakesperianos e a idolatria ao morrer de amor.
Não, não tô me referindo a nada disso. Tô me referindo a você.
Pensei nisso vendo a forma com que tu me trata, os gestos, as palavras, tudo isso reflete e exala amor. E o amor fica vivo, claro e nítido entre tudo em nós. Reflete. E brilha. O nosso amor é brilhante, sabia? E apesar de ser você quem me chama de sol, ele combina com você.
Combina contigo nos seus cabelos bagunçados (um tanto caóticos quanto as nossas brigas fingidas ou xingamentos), com as curvas do seu corpo que eu encaixaria perfeitamente (em todos os sentidos possíveis), combina com as suas covinhas (apesar de ser um lugar pequeno para abriga-lo), combina com as suas gírias que eu roubo, com a cidade cinzenta e com o litoral. O amor combina contigo. Parece com você. E não que cê tenha a face do amor imortal, mas por agora, o amor e você são sinônimos pra mim, minha boca até confunde ao pronunciar. Porque você exala amor, por mim, pela cidade que cê detesta, e por toda essa distância. E eu sei que é recíproco porque tu me disse que eu sou a mais bonita aos teus olhos agora, mas amor, me diz, em quais outros olhos eu estaria interessadas se não os seus?
Se só os seus quando pensam em mim brilham, e refletem tudo isso que tu guarda aí, me diz,
Se não é amor, o que mais seria?

EfêmeroOnde histórias criam vida. Descubra agora