Capítulo 16
Raphael
Deixo Lavínia no restaurante, ela e minha mãe vão se encontrar na hora do almoço e conversar com a velha dona. Olho para o relógio e vejo que ainda tenho alguns minutos do meu próximo compromisso, admito que preferia ficar aqui, mas é um mal necessário.
Um movimento entre as árvores chama minha atenção, a pessoa está focada na padaria, ou melhor, seus olhos estão fixos em Lavínia, é quando vejo que tem uma arma em sua mão. Meu sangue ferve, como alguém ousa apontar uma arma para minha mulher? Saio do carro, a pessoa não esperava que eu estivesse aqui, e se vira para correr, mas agarro seu cabelo e arrasto para trás.
— Senhor? — O segurança corre.
— Abra o porta malas. — Mando, quando ele o faz, jogo a pessoa lá e entro novamente no carro. — Avise a equipe de segurança que Lavínia deve ficar segura, se algo assim acontecer novamente...
— Irei avisar.
Fecho a janela e o carro arranca em direção ao meu compromisso, é uma coisa boa que isso tenha acontecido, é minha chance de mostrar que não me importo com quem quer que seja, homem, mulher, velho ou novo, se mexer com a minha mulher, irei garantir que pague por isso.
Não confio a segurança de Lavínia a ninguém, mas no momento é a única saída.
— Vamos pelo estacionamento, não quero sair no jornal por carregar o lixo. — Mando.
Estacionamos na garagem inferior, saio do carro, esperando em frente ao elevador enquanto meu motorista abre o porta-malas e arrasta o verme para mim. A pessoa grita e se esperneia.
Segurando pelos cabelos, balanço sua cabeça com força obrigo a me olhar nos olhos.
— Por favor...
— Cale-se, não tenho paciência para essa merda. — Aviso. — Vamos.
— Raphael, por favor, eu não ia.
Saímos no andar da presidência e a mulher atrás do balcão sorri, até que percebe que estou arrastando alguém pelos cabelos. Assustada, pega o telefone para chamar por ajuda, estalo meus dedos para o segurança no canto, que arranca de suas mãos.
— Ninguém vai fazer ligação nenhuma. — O homem diz. — O senhor Petrov é o novo dono da empresa, por isso sugiro que o respeite.
— Seu chefe está lá? — Pergunto.
Ela acena.
Abro a porta da sala com força, ela bate contra a parede e assusta o homem que está sentado com alguns papéis na mão. Quando me vê e percebe que estou carregando sua filha, se assusta.
— O que significa isso?
— Isso sou eu te dando um recado direto, normalmente não me envolvo em coisas fúteis como essa, mas vendo que meu último aviso não teve efeito. — Jogo Helena no chão perto dos meus pés.
— Nunca pensei que colocaria as mãos em uma mulher.
Pego a arma que Helena tinha apontada para Lavínia, e verifico se tem munição, é claro que está carregada.
— Deve saber que há muitas poucas pessoas com quem me importo, e não faço distinção de sexo na hora de colocar uma bala em sua cabeça. — Sorrio.
— Por que está aqui? — O velho tem a decência em ficar nervoso.
— Invadiu o meu apartamento e roubou algo do meu cofre, um anel. — Lembro. — Esse anel foi escolhido especialmente para a minha esposa, me devolva.
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Amor Dominante
RomanceA.M.O.R A palavra de quatro letras que todos estão acostumados a ouvir, ou deveria. Não nasci ou cresci em um lar onde as pessoas expressavam seus sentimentos ou cuidavam umas das outras. Meu irmão e eu somos tudo um do outro, lutando para ficarmos...