Epílogo

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Epílogo

Rafael

alguns anos depois

Eu devo ter perdido a porra da minha mente quando pensei que seria uma boa ideia passar um fim de semana com toda a minha família reunida na casa de lago. Pensando bem, eu não estava com a minha mente sã no momento, não quando minha esposa, aquela que deu a ideia, estava me dando um boquete.

— Seus filhos são psicopatas. — Meu irmão murmura se sentando ao meu lado, ele está usando batom vermelho, a qual tenho certeza que foi coisa da minha filha Lua e de Chloe, a filha de Ana e Zack. Devo acrescentar que ele também tem um hematoma vermelho na testa.

— O que aconteceu?

— As nossas filhas decidiram que queriam ver como eu ficaria maquiado, dizendo algo que o batom vermelho ressaltaria a cor dos meus olhos. Elas só têm quatro anos, como elas tem esse tipo de conversa? — Faz uma careta. — E enquanto elas faziam isso, os meninos miraram a porra da arma de dardos na minha cabeça e atiraram!

Não consigo me controlar e caio na risada.

Como todos nós crescemos com uma diferença curta de idade, queríamos que nossos filhos tivessem a mesma experiencia, todos crescendo juntos e tendo cumplices em suas brincadeiras, e futuramente pessoas em quem se apoiar diante das dificuldades da vida.

A única coisa que não pensamos é no caos que isso seria, quantos problemas teríamos que lidar com a pouca diferença de idade, e principalmente, o temperamento de cada um dos nossos filhos sendo uma bomba atômica. Nossos pais pensam que as crianças são pequenos anjos indefesos, é claro que todos escondem seu mal dos avós, e deixam tudo a mostra para os outros.

— Olha papai, eu tenho um bolo. — Lua corre para mim, se jogando nos meus braços, eu ajudo a subir no meu colo. — Quer um pedaço? — Ela não espera minha resposta já colocando na minha boca.

Dou uma mordida pequena, e faço som de apreciação.

Lua é muito parecida com Lavínia, e por mais que ela e seus irmãos mais velhos amem aprontar, eu não os trocaria e suas travessuras por nada.

— É muito gosto. — Digo.

— Fique com este, vou pegar outro. — Ela larga o bolinho na minha mão e desce correndo, como um pequeno furacão.

Sua personalidade me faz pensar na minha esposa quando era criança, se ela seria parecida com Lua se não tivesse crescido em um lar como aquele. Com o passar dos anos, Lavínia foi se soltando mais, e sempre que pensei que não poderia amá-la mais, ela me provou que eu estava errado.

Sinto uma mão no meu ombro, a seguro e puxo para o meu colo, deslizando a mão em sua barriga redonda, nosso quarto filho protegido em seu ventre.

— Como está nosso filho?

— Chutando como um louco, acho que está ansioso para sair e bagunçar com seus irmãos e primos. — Para provar seu ponto, o bebê chuta bem onde minha mão está descansando. — Viu, ansioso para sair.

— Tudo por mais uma criança calma na família. — Arthur reclama.

— Lamento dizer mano, mas nem os seus filhos são calmos.

Ele concorda, abrindo um sorriso quando vê seu filho mais novo correndo atrás do nosso pai com um machado de plástico.

Lavínia começa a rir, chamando sua atenção.

— O que você está rindo?

— Deixou as meninas passarem esse batom em você? — Pergunta.

— Sim, porque?

Amor DominanteOnde histórias criam vida. Descubra agora