17. Imprevistos

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Que isso? Um filme? 

OIEEEE, AMORES! Voltei, espero que sim, mas voltei! Cheguei no começo do mês, mas tinha que organizar minhas coisas por causa da faculdade, e como voltou presencial, não sei como vai ficar as atualizações, mas vou tentar ir aos poucos, ok?

Boa leitura, não esqueçam de votar e comentem bastante, comentários são amor e me incentivam a continuar escrevendo. <3 

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Carina e Maya fizeram a mudança sem nenhum problema e depois de algumas semanas, o ambiente estava começando a tomar forma e ficar do jeito que elas gostavam, existiam algumas discussões bobas sobre as posições de quadros e vasos, mas nada que fosse resolvido depois de subornos com sorrisos e beijos em cima do sofá bastante confortável que Maya comprou no Walmart.

Maya estava indo bem no trabalho novo e sempre recebia elogios do seu chefe, ela tinha esperanças de subir de cargo antes do final do ano ou em janeiro quando a empresa abria novos cargos e davam algumas promoções. Ela estava vivendo a rotina que imaginou antes de sair de Seattle, e também estava morando perto de um Starbucks, era seu local favorito para levar Carina em encontros toda quarta-feira, ou simplesmente comprar dois frappuccinos e sair caminhando pelas ruas de Nova Iorque, também era o escolhido depois de um dia cansativo de trabalho para passar o tempo e observar o movimentos das ruas, mais cheias e agitadas do que em Seattle. 

Elas estariam vivendo como um filme, um filme de romance que tanto gostavam de assistir toda sexta-feira à noite, como um programa de casal, se não fosse pelos imprevistos que estavam aparecendo. Maya percebeu que Carina não estava mais empolgada com a possibilidade de passarem as férias juntas nas ruas de Nova Iorque, aproveitando para conhecer cada ponto turístico que elas ainda não tinham conhecido por causa da correria da mudança. Ela tentou pensar que fosse a ansiedade de passar os dias longe do irmão dela, e mesmo trazendo Jeff, não tinha como aguentar as saudades dele e de seus amigos. Maya também olhou algumas passagens para voltarem a Seattle para uma visita, mas não comprou, estavam caras por causa das férias e ela ainda não tinha conversado com Carina sobre o que estava acontecendo.

Era nítido o quanto Carina estava ansiosa com alguma coisa, ela sempre estava na cozinha e depois de uns dias passou a recusar os encontros de quarta-feira, o que deixou Maya chateada e confusa. Carina não falava o motivo, ou o que estava acontecendo, ela apenas recusava as tentativas de Maya e ficava em casa assistindo filme, e Maya sabia que ela não era assim, mas poderia ser por causa da mudança e estar tão longe de casa mexia com algumas pessoas.

O clima não era um dos melhores no começo de Julho, fazendo Maya pensar em cancelar a tour que estava organizando para conhecer Nova Iorque. Carina estava mais emburrada e não tinha trocado uma palavra com Maya, deixando a loira um pouco agoniada com a falta de comunicação com a namorada, ela sabia que algo tinha acontecido, mas não houve nenhum momento em que Carina deixasse Maya saber o que aconteceu, não tinha espaço para conversa, porque a mais velha sempre levantava quando Maya sentava ao seu lado. Ainda não era três da tarde quando Maya perdeu a paciência e cansou dos resmungos em italiano e entrou na cozinha, parando na frente do balcão com as mãos espalmadas em cima do mármore.

- Cos'era? (O que foi?) - Carina perguntou, jogando um pano de prato em cima do ombro enquanto andava de um lado para o outro na ilha da cozinha.

- Você pode, pelo menos uma vez, falar na minha língua? - Maya resmungou, ela não lembrava qual tinha sido a última vez em que Carina tinha falado algo que ela entendesse, complicando suas tentativas de comunicação.

- Tudo bem.

- Obrigada. - Maya suspirou, afastando do balcão para passar as mãos por seus fios loiros. - Agora, o que está acontecendo?

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