Chapter XV

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- Você perdoaria a mamãe? - Peter fitou s/n receoso pela resposta que estava por vir.

S/n o olhou por alguns instantes enquanto tentava pensar no que dizer, era um processo difícil para ela. Afinal, nunca tinha alguém exemplar para ensinar a ela e porque perdoar as pessoas, estava longe de fazer tal coisa por si própria.

- Eu não sei... - Respondeu simples.

- Você a ama? - Ele insistiu.

- Ela é minha mãe, sempre pensei nos bons momentos que vivemos e todo amor que ela me deu. - S/n deslizou suas mãos pelo gramado verde - Mas preciso entender porque ela pareceu ignorar minha existência, porque me deixou ir.

- É algo difícil. Foi difícil para todos nós, mas entendo que a sua dor não se compara - Ele fitou seu olhar em direção a floresta. - Nosso pai entende essa função de outra forma.

- Que função? - S/n fitou Peter.

- Ser pai - respondeu Simples.

Peter estava feliz naquele momento, estava calma por está próximo da irmã e podendo conversar com ela sobre qualquer coisa boba ou séria que vinham entre os assuntos. Ele também estava feliz pelo contato de seu braço com o dela, ele amava o sentir que ela estava próxima o suficiente dele, que aquele contato o fazia acreditar que não era um sonho e ela estava realmente conversando com ele.

- Ele construiu tudo isso aqui pensando em você - Ele a olhou.

S/n não soube o que responder, ela nem sabia porque Tony faria algo pensando nela. Ela na verdade não queria acreditar que ele faria algo por ela.

- Lembra quando você disse que queria ter seu próprio espaço longe da cidade?

- Porque a cidade era barulhenta e aquilo me incomodava - Ela sorriu.

- Ele queria que você ficasse à vontade quando voltasse - Peter segurou a mão da irmã, era um gesto simples, mas com grande significado. - Ele também tem uma torre, para atividades parecidas.

- Eu soube da torre nos noticiários - Ela respondeu.

Peter suspirou calmo, aquele seria mais um assunto finalizado no momento. Ele estava em busca de mais um.

- E a Carol? - Ele perguntou de repente chamando a atenção da garota.

S/n não tinha certeza se queria conversar sobre a mulher, mas Peter estava ali agora e ela realmente sentia saudades de compartilhar tudo com ele.

- O tempo responderá - S/n fitou o próprio dedos para não deixar a dor escapar pelo seu olhar, mas mesmo que Peter tenha passado anos longe dela, ele a conhecia o suficiente.

- O tempo já deu sua resposta - Disse deixando um leve carinho na mão da garota.

S/n não tinha estranhado a fala do seu irmão. O tempo nem sequer era um sujeito entre ela e Carol, ou talvez era, mas não em relação ao amor que ela sentia pela mulher, sempre foi o mesmo amor ganhando mais vida ao longo dos anos. E agora ela não sentia raiva de Carol, apenas não queria acreditar no sentimento de traição que ela sentia por Carol nunca ter falado para ela.

- Eu só não gosto dessa coisa que todos têm de esconder a verdade de mim - Ela respondeu com tristeza na sua voz.

Peter lembra do tom de amargura que ela tinha quando chegou, aquilo quebrou ele por inteiro, não era aquela S/n que ele conhecia. O medo de tê-la perdido foi muito maior, o medo de não a reconhecer mais, foi o maior choque que ele já sentiu na vida.

All I Want (Wantasha/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora