Le Fay e Montreaux

VIII: Vermelho, branco e sangue azul, de Casey Mcquiston

Este capítulo contém conteúdo sensível: sexo explícito, terror psicológico e violência.

Naqueles momentos, em que era preenchido de puro prazer, Noah não sabia muito bem como agir. Deixava-se ser comandado, invés de tentar assumir as rédeas. Ele suspirava, deixando um gemido ousado escapar, enquanto o seu peitoral era tocado invasivamente por Dominique. Concentrava-se em olhar a decoração do teto do seu dormitório enquanto o rapaz de pele acastanhada deixava uma sequência de beijos no seu pescoço. Era difícil, entretanto, segurar os gemidos intrusivos quando Dominique chegava a uma região sensível. As unhas do mais altos iam ao encontro de suas costas, fazendo ele agoniar, enquanto, nas suas pernas, ainda vestidas por uma calça inconveniente, seu membro parecia pulsar como nunca.

ㅡ Você é meu ㅡ Dominique sussurrou no pé do seu ouvido, colocando-o contra as paredes. As pernas do seu namorado o prendiam, enquanto os lábios dele atacavam ferozmente a sua boca.

ㅡ Eu te amo ㅡ Noah sussurrou, depois de um beijo hostil. ㅡ Continua.

Eles eram maravilhosos juntos. Dominique sabia, como ninguém, deixar o menor extremamente excitado. A excitação de ambos era traduzida naquela selvageria. Dominique, que já tinha perdido sua camisa há algum tempo, deixou que Noah tocasse em seus músculos do tronco, algo que ele sabia que fazia o namorado dele ferver.

ㅡ Você é tão quente ㅡ Noah disse, enquanto não resistia a tocar nos lábios de Dominique, como se eles guardassem uma poesia sagrada.

ㅡ Eu posso? ㅡ Dominique sorriu perversamente.

ㅡ Deve ㅡ Noah assentiu. Nick abaixou-se e, em poucos segundos, desabotoou as calças de Noah, que parecia estar em um estado de prazer incondicional.

O rapaz de pele castanha tirou a peça de tecido que impedia as suas mãos de chegarem até a ereção alheia; como uma forma de torturar o garoto, tocou a sua glande e deixou que as suas unhas tocassem levianamente aquela região. Conhecia todos os pontos que deixavam o namorado sentir-se desejado e gostava de fazer com que ele experimentasse cada sensação.

Eu vou ficar louco, Noah pensou enquanto Dominique o tocava de forma sagaz. Noah não conteve um gemido quando sentiu a língua do rapaz umedecer sua região. Ele sentia que poderia explodir ali mesmo, mas resistiu ao impulso e, numa ação inusitada, puxou os cabelos do seu namorado, fazendo-o saborear ainda mais o seu pênis.

Ele fazia aquilo como ninguém. Sentia-se quente cada vez que Dominique o olhava, naquele ângulo perfeito. Era uma sensação imensamente prazerosa para ele ter o seu homem o chupando daquela forma, de um jeito que ele não sabia que poderia ser real.

Num instinto agressivo que surgia dentro do seu âmago, Noah deu um leve tapa no rosto de Dominique, que, não esperando aquela reação, olhou-o. Aquele olhar de aprovação, mas um pouco confuso. Noah, sentindo-se bravo por ele ter parado aquilo, que estava o levando aos céus, empurrou a cabeça de Nick e fez isso mais, mais uma e mais uma vez, chegando num ritmo em que poderia considerar-se fodendo a boca do namorado.

Dominique, em dados momentos, engasgava-se com o membro de Noah. Ele não tinha concebido o quanto era grande até senti-lo dentro de sua boca. Noah aumentava o ritmo e ele poderia confessar que estava adorando fazer aquilo.

Noah tentou avisar, mas estava tão imerso no prazer que simplesmente não conseguiu. Ele explodiu na boca de Dominique, enquanto ele o chupava. Dominique sentiu o gosto amargo do sêmen preenchê-lo e, sem nem pensar duas vezes, levantou-se daquela posição de joelhos.

Noah sorria, satisfeito, e foi pego inesperadamente com Dominique o beijando. Ele agarrou Noah num abraço cheio de paixão e inverteu suas posições, levando-os para a cama de casal do dormitório.