capitulo 40

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Acordei com sua mão apertando a minha. Ele parecia estar acordando.

- Amor... estou aqui.

- Leila?
Perguntou tentando recobrar a consciência.

- Sim sou eu... acariciei seus cabelos.

- Está sentindo alguma coisa?

- Minha perna... não estou sentindo minha perna.

- Vou chamar o médico.

Sair do quarto encontrando um médico no corredor.

- Dr. meu marido acordou. Disse que não está sentindo a perna.

- Vamos vê-lo.
Disse o médico caminhando comigo para o quarto.

- Como vai Robert?

- Dr. o que aconteceu com minha perna?

- A bala afetou o nervo, é normal não sentir nada por um tempo. Vai precisar de fisioterapia, mas vai ficar tudo bem.

- Graças a Deus doutor.
Você está vivo meu amor, isso é o mais importante!

- Vivo, mas impotente diante das pessoas que querem nos fazer mal.

- Como assim? Deveria ser grato por estar bem!

- Eu não conseguir te proteger, fiz uma loucura quando me casei com você.
Eu não posso continuar com você Leila!

- Que loucura é essa?
Você só está preocupado amor... mas estamos bem...

Tentei tocar sua mão, mas ele  recusou meu toque.

- Não quero você perto de mim...

- Diz pra ele doutor... deve ser a medicação, ele não está pensando direito. Você não é assim Robert!

- Eu não posso Leila! O que você não entendeu?

- Vou deixar vocês a sós.
O médico disse saindo do quarto.

- Amor... Sei que está traumatizado, mas agora acabou. Luiza está morta. Acabou!

- Não acabou... nunca vai acabar! Você não entende...eu não posso proteger você.

- Eu posso correr o risco por mim mesmo. Eu consigo me defender!

- Leila... por favor...

Baixei a cabeça, respirei fundo, depois olhei em seus olhos com segurança disse.

- Tudo bem... você quer se separar, tudo bem. Eu assino o que quiser, mas só vou te deixar quando você estiver andando novamente. E não vou negociar. Não vou me despedir de você assim. Fiquei dias pensando, e sofrendo. Pensei que você estava morto. Agora você está vivo, e quer se separar. Ok! Entendo que quer  minha segurança, mas eu decido o que quero da minha vida. Ninguém...ninguém escolhe por mim!
Agora chega desse papo! Vou pegar um café.

Sair do quarto, e comecei a chorar. Não sei se era de decepção ou de desespero.
Tanta coisa aconteceu com agente, esses últimos dias. Ele esta confuso e com medo.
Uma pressão em meu peito, apertou minha garganta.

Caminhei até a lanchonete e sentei. Respirando devagar, conseguir me concentrar no que era mais importante.
Não desistir do meu amor tão fácil.
Ele vai ter consciência de que me deixar, não é a coisa certa a se fazer.

Peguei o café, o meu celular tocou. Pietro acabou de chegar em Londres. Resolvir não contar a ele sobre minha recente conversa com o Robert.

Dois dias depois, Robert estava melhor. Sua recuperação surpreendeu os médicos. Ele poderia ter alta antes do esperado.
Eu cuidava dele, sem tocar mais no assunto. Sem trocar carinhos, fazia apenas o necessário.
Quando seu olhar, encontrava minha falsa indiferença, ele tentava fazer o mesmo.
Sabia que quando chegássemos em casa, seria mais difícil nossa convivência.
Eu só conseguia rir, porque Pietro era um bobo.
Ele foi minha maior força, para conseguir suportar os dias.

Quando Robert dormia, eu aproveitava para olhar seu rosto. Imaginava beijar sua boca novamente. Sonhava com seus carinhos. Quando ele acordava, evitava encontrar seus olhos. Estava sendo mais difícil que imaginei.

O CEO (EM BREVE SERÁ RETIRADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora