Capítulo 42 👑

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⚠Atenção . Esta história contém cenas de sexo e violência, o que não são indicadas para menores de 18 anos🔞. Não é permitido nenhum tipo de plágio. Não se esqueçam de votar, comentar e partilhar!
Boa leitura.

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Duas semanas para voltar ao trabalho, parecia-me tão indiscutível como se esperasse algo acontecer outra vez, vir rápido para cima de mim como um veículo veloz, algo mais brutal que a morte do meu filho. Algo inesperado. Ou chocante. Tantas vezes vejo-me dentro de meus pensamentos, arrastada para ali dentro, e patenteada entre cada som, onda de prazer e ideia, e revejo-me em tudo. Na vida de outro alguém, em um passado tão distante porém precisa, ou em prática de um ato. Muitas vezes estou a ver-me a fazer algo que não nunca faria na vida. Como embebedar-me tanto em uma festa de adolescentes, tão viva, alegre e solta, sem marido e sem luto, sem cidade nova nem trabalho aborrecido. E no outro momento, estou a foder com um homem diferente, orgasmos múltiplos e chorando naquele momento. Como se isso tivesse sido preservado de mim. Volto a minha realidade com o corpo dormente e excitada.

Assim estou sentada no corredor do hospital. Uma hora para ser atendida pela primeira médica na cidade. Ela saiu duas vezes do seu consultório, as mãos sobrevoando ao lado da pose ágil e firme e uma vez ou outra com os olhos fixos em frente e queixo em cima, mostrando o prazer que ela sentia em ser detalhada sob a vista do resto das pacientes. A maioria está trémula e fixa a qualquer movimento extra pelo corredor, ansiosas por qualquer resultado que viessem a receber das mãos da mulher deambulante. Ela olhou duas vezes para mim, reconhecendo-me e sem um aceno de volta, apenas movia-se ligeira até ao fim do corredor e voltava segundos depois. Eu não consigo ficar nervosa. Sinto uma breve dor nas costas e apoio-me melhor sobre a cadeira, agradecendo por ser de estofado. Talvez a melhor coisa que eu tenha notado neste hospital e nesta cidade.

Desde o acontecido naquele dia, evitei sair tanto de casa e provavelmente Harry nunca tenha notado nada disso. Ele parecia notar pouco em tudo. Aparentemente em tudo o que ocorresse a minha volta. Deixei de culpa-lo.

Uma das mulheres a minha frente tem um bebé gordinho entre os braços, agitado, braços e pernas começando a inquietar, ele quase enfia uma das mãos nos seios dela, e notando a mulher, ela dá-lhe pouca atenção, enquanto mantem- se em uma conversa afiada ao lado. Isso parece enfurece-lo mais e atira a cabeça para trás e faz uma careta fofa, mas silenciosa e começa a cutucar com força as coxas dela com os sapatos. Imaginei por uns segundos que ele iria gritar tanto e começar a crescer como um bebé furioso derrubando a mãe da cadeira e do conforto. Desde o dia que soube que concebemos o Jimmy, eu não parei de me perguntar qual tipo de mãe eu viria a ser. Seria uma mãe carinhosa e que lhe atribuiria todo o tipo de mimos? Uma mãe impaciente ou alguém como a minha mãe? Que te testa até te ver chorar. E que te vê chorar até você se calar sozinho. O bebé agora dobra o corpo para a frente e aponta os dedinhos para o chão, ainda a franja fofa na fronte e um beicinho agora se formando. Ele não tolerará muito tempo até fazer uma primeira birra. Quase que me distraio com ele se rendendo à força dos braços da mãe e mordendo sem dentes o dedão de uma das mãozinhas, e agora levanta os olhos grandes e redondos até mim. Ele rói o dedão com as gengivas nuas e observa-me atento, como se acabasse de notar que eu estaria ali sentada tanto tempo e que nem sequer tinha lembrado de mim. Quase que aceno para obter uma resposta de volta. Seria como comunicar com o Jimmy e notar sua agitação alegre em seguida. Sinto aquela grande saudade de senti-lo se movendo dentro de mim, deixando-me mais feliz que alguma vez senti-me. Mas estou vazia agora. Só lembranças leves e outras que não vêm. Levanto a mão desajeitada sem saber como acenar para um bebé. E tomo um susto quando uma mão pesada pousa sobre meu ombro. Levanto a cabeça com dificuldade para encarar.

— Olá, Jane. Vem comigo — é a médica sorrindo, a face com um toque leve de blush e brilho labial e um cheiro feminino sedutor e quente. Levanto-me de imediato, mesmo estando ainda confusa, terão pelo menos três mulheres na minha frente. Ela veio direto a mim e me pediu para entrar. Começo a segui-la e desvio o olhar outra vez para o bebé. Meu corpo vibra de outra intensidade, ele está a sorrir para mim. Ele convive minha dor.

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