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A cena foi pensada, os planos foram definidos e, depois de enviar uma mensagem irresistível para Aaron, ele concordou em ir ao meu apartamento. Tiana se esconde em meu quarto e não demora muito até uma batida abrupta soar em minha porta, momentos depois, estou diante dele, que não faz ideia de nada. 

- Ei... Que bom que você me mandou mensagem. Eu me sinto do mesmo jeito por você. - ele diz convencido.

- Legal... - abro um sorriso. - Digo, eu não conseguia parar de pensar em você e... 

- Sim... - Aaron não me dá a chance de terminar. - Eu sei. Você vai me convidar para entrar ou não?

- Claro, entre... - abaixo o tom de voz, deixando-o sedutor. - Por sua conta e risco. 

- Isso parece interessante. - Aaron abre um sorriso presunçoso.

Faço questão de levá-lo para a sala e ele está prestes a se sentar quando balanço a cabeça, interrompendo seu movimento.

- Não, não... Direto pro quarto. Tenho uma surpresa para você. 

Ele parece não acreditar na sorte dele, mas sua inexperiência é aparente e, por um momento, ele parece hesitar.

- Quarto? - ele questiona.

- É, ou você não quer? 

- Não... Uh! Eu quero! - Aaron parece nervoso, se perdendo com as palavras. 

Gesticulo para a porta aberta do quarto. Ele obedece e entra, com passos um pouco hesitantes. Aaron está cada vez mais enroscado em minha teia e caindo totalmente na armadilha que preparamos para esse traidor. 

Aaron para ao pé da minha cama, sem saber o que fazer em seguida. Ele não parece tão confiante agora, é como se todo aquele ar de superioridade fosse embora. 

Vou até ele de forma sedutora, prendendo-o com seu olhar sensual. Vejo o pomo de Adão dele subindo e descendo, demonstrando seu nervosismo extremo. Ele mal espera a grande surpresa que o aguarda. 

Antes que ele possa me tocar, coloca as duas mãos sobre o peitoral dele e o empurro contra a cama, o que o faz cair de costas.

- Uau... - ele exclama surpreso. - Você curte mais selvagem? 

- Pode-se dizer que sim. - respondo.

Caminho até a mesa de cabeceira, pegando suas algemas, e os olhos de Aaron se arregalam com a visão.

- Eu nunca fui algemado antes.

Ele parece adorar a ideia, e um sorriso satisfeito se espalha por meu rosto. Ignoro a empolgação dele, que também formou uma protuberância sob sua calça jeans.

- Vem mais pra cima e me dê suas mãos. - sugiro com um sorriso nos lábios. 

Me inclino sobre ele, algemando as duas mãos na cabeceira da cama. A hesitação que ele tinha antes foi substituída por uma falsa confiança, e ele fala com uma voz rouca. 

- O que vai fazer comigo, hein, sua piranha gostosa? - diz rudemente. 

Inclino mais um vez, abaixando o rosto para mais perto do dele. Ele tenta me beijar, mas mantenho minha boca a alguns centímetros de distância da dele.

- Não se esforce muito, você pode se machucar. - sussurro. 

- Estou pronto pra você. - diz com urgência. 

Sorrio para ele, depois sai de cima da cama, tirando outro para de algemas. 

- Pra que é isso? 

- Você não achou que eu ia deixar seus pés livres, achou? Não quero que você se mexa nem um pouquinho. - abro um sorriso sedutor enquanto o encaro.

A Espiã - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora