7| Treinadora
AngieEstacionei o carro em frente a casa da minha tia, mas antes que minha irmã e eu pudéssemos sair, eu segurei em seu braço, fazendo com que ela se encostasse no banco do carro mais uma vez.
— Não pode me ignorar para sempre — sinalizei, já que faziam algumas horas que Lilith me ignorava e recusava usar o aparelho auditivo.
Ela não me respondeu, rolando os olhos e fazendo menção de sair mais uma vez, dessa vez, eu não consegui segura-la.
Por que adolescentes são tão complicados?
Sai do carro depois dela, abrindo o porta-malas e tirando suas duas malas de lá.
Parei ao lado de Lilith, observando ela colocar o aparelho, e aproveitei minha oportunidade.
— Você viu o que aconteceu lá, Lili. Eu não posso te deixar no mesmo ambiente que aquele maluco. Eu juro, que vou me cuidar, e vou fazer o possível para que nada aconteça comigo. Daqui a um ano, eu vou voltar, e nós vamos rir disso, mas agora, você precisa ficar longe de toda essa situação — fiz um carinho em seus cabelos, me inclinando para deixar um beijo ali.
Minha tia abriu a porta no mesmo instante, nos cumprimentando com um grito e um abraço apertado, logo dando espaço para que pudéssemos passar.
— Por que estão sérias dessa forma? Tem mais alguma coisa que eu não sei? — minha tia só sabe que eu vou ficar ocupada com um trabalho de segurança e não foi poder tomar conta de Lili.
Ela só não sabe que essa segurança era para a família O'Connell. Pessoas que estavam em constante perigo e ameaças de morte.
— Não, tia Ginna. Estamos bem. A Lili só não queria mudar, por causa dos amigos e essas coisas — disse a desculpa que eu ensaiei no caminho.
Minha tia assentiu meio desconfiada, mas pegou as malas, levando para os fundos da casa onde ficavam os quartos. Ela voltou segundos depois, abraçando os ombros de Lili e beijando sua bochecha.
— Eu preciso ir. Sinto sua falta, mas deixei meu posto no trabalho para trazer Lilith aqui — deixei a última bolsa da minha irmã que ainda estava comigo na mão da minha tia.
Lhe dei um beijo, e quando ia me afastar, minha irmã finalmente falou, chamando meu nome e segurando em meu braço.
— Eu te levo até o carro — ela diz, me acompanhando até onde eu havia deixado o carro dos O'Connell's estacionado.
Lilith ficou um tempo em silêncio, mexendo nas próprias mãos e sem sabe o que dizer.
— Eu só... Se você vai arriscar a sua vida todos os dias pela aquela família, eu quero estar presente. Ou você pode sair do trabalho, pedir demissão, fique aqui comigo —
Seria fácil pedir demissão, já que Patrick não parecia gostar muito de mim, e Billie agora tinha a Lana.
Mas eu prometi a Billie que ficaria com ela. Que a protegeria.
— Eu não posso fazer isso — abaixei meu olhar, evitando o olhar triste da minha irmã — Mas, veja bem. Com o dinheiro que eu receber, vamos poder pagar a sua faculdade. Você ainda quer ir para Massachusetts ainda, certo? —
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Bodyguard • Billie Eilish • ✅
FanfictionSendo filha de um dos homens mais importantes e influentes do país, Billie sempre foi alvo de rivais, ou pessoas que são contra a sua família. Vendo que os seguranças contratados por seus pais não cumpriam o dever de protegê-la, ela vai atrás de seu...