Bodyguard • Billie Eilish • ✅

Chapter 21| Adore

21| Adorar
Narrador
Conteúdo explícito

— Quinhentos mil dólares. Você se demite, e nunca mais volta a falar com a minha filha ou com a minha família. Eu deixo você e sua irmã livres, esse dinheiro é suficiente para vocês até saírem do país — ouvir essas palavras saindo da boca do pai foram difíceis.

Mas o pior veio depois, quando a guarda-costas não respondeu, não gritou que não a deixaria ou xingou o pai pela proposta maluca. Angie não disse nada.

Ela ficou em silêncio, Patrick também, e do outro lado da porta, Billie também se aquietou. Em sua mente, ela ainda tinha esperanças de que Angie aceitaria aquilo.

Billie não era burra, ela sabia o que Angie havia passado com a irmã por causa do sistema de saúde do país, e ela sabia que o pai havia tocado em algo sensível para ela e que Angie sempre colocaria a irmã em primeiro lugar.

Mas lá no fundo, bem no fundo mesmo, Billie queria que ela não aceitasse a proposta, que Angie fosse até ela e contasse tudo, para que pudessem resolver a situação juntas.

Billie soltou o ar que estava preso nos pulmões, rindo de forma irônica ao ouvir os próprios pensamentos.

Não existia um "Resolver situações juntas" ou um "Nós". Angie e ela não eram um casal.

Tudo o que faziam girava em torno de sexo, mesmo que para Billie fosse muito mais do que sexo, Angie nunca demonstrou que queria avançar a história das duas, nunca demonstrou que queria mais do que um sexo casual.

Billie saiu do escritório do pai antes mesmo de falar com ele. Ela foi até o quarto, observando as compras que já estavam ali e se jogando na cama.

Ela não tinha mais ânimo para aquilo.

Festas, formatura, prova.

Billie não conseguia pensar mais em nada.

Apenas em Angie.

Longas horas se passaram desde que Billie tivesse vontade para começar a estudar. O relógio já estava marcando onze da noite e sua cabeça estava latejando, as palavras que eu lia já não fazia mais sentido, não importa quantas vezes ela lesse os textos.

Mas ela continuava, ela lia e relia, apertava os olhos, dava tapas na bochecha tentando se concentrar.

Billie não queria que quatro anos de estudo fossem jogados no lixo só porque não estava em um dia bom. Ela precisava estudar, porque ela precisava passar.

A loira fechou os olhos, respirando fundo e deixando que o oxigênio entrasse em seus pulmões e a acalmasse. Ela respirou, inspirou, devagar e diversas vezes até que as batidas do seu coração se acalmasse e sua mente era esvaziada das situações que não tinham nada a ver com os papéis na sua frente.

— Tudo bem? — o motivo de sua falta de atenção perguntou, parando atrás dela e a observando atrás do espelho.

Billie olhou para Angie, assentindo enquanto aérea.

Ela estava tão distraída que nem mesmo ouviu a mulher escalando sua janela.

— Estou bem... Só nervosa — Billie respondeu baixo, voltando sua concentração para o material de estudos em cima da escrivaninha.

Ela tremeu ao sentir as mãos de Angie em seu ombro, começando uma massagem habilidosa e calma, relaxando seus ombros tensos.

— Relaxa... — a voz suave de Angie só serviu para que ela se acalmasse.