Bodyguard • Billie Eilish • ✅

Chapter 17| Reunited (2)

17| Reunidos (2)
Billie

Angie, mesmo não querendo, deixou que Finneas e eu conversássemos a sós. Não tão a sós já que minha segurança estava do outro lado da sala, de olho no que fazíamos e com medo de algo acontecer comigo.

— Como aconteceu isso? — eu perguntei, com os braços cruzados e esperando pela explicação do meu irmão.

Eu passei meses de luto por ele, chorei, gritei pedi aos deuses que me levassem no lugar dele.

Tudo por nada.

— Eu realmente sofri o acidente, mas não foi eu a pessoa morta dentro do carro — ele suspirou, passando a mão no rosto — Você se lembra da Katy? —

Não preciso fazer muito esforço para me lembrar da namorada do meu irmão da época. Ela trabalhava para a nossa família, uma arquiteta que sempre fazia os imóveis do meu pai, incluindo as mudanças da casa quando precisávamos reformar.

Finneas se apaixonou por ela, e eles começaram a namorar, mas Katherine não era uma mulher importante, era órfã, estudou toda a vida na escola do orfanato e entrou para a faculdade por causa de bolsa.

Ela não ia acrescentar nada para o império do incrível Patrick O'Connell. Por isso, meu pai foi contra o relacionamento dos dois, proibindo Finneas de encontrá-la. Mas ele, um apaixonada nato não deixou de encontrá-la e assim começaram a namorar às escondidas.

— Eu saí com ela naquele dia, tínhamos ido em um encontro, estávamos tão feliz — ele riu fraco, secando a pequena lágrima que rolou pela sua bochecha — O acidente foi rápido, eu não me lembro de tudo com clareza. Eu só sei que uma hora estávamos rindo, outra hora um carro desgovernado bateu contra a gente e na outra, eu estava acordando no hospital —

— Finn, ela... — minha garganta secou.

Eu conhecia a Katy, eu a conhecia desde os dez anos de idade. Ela era a pessoa mais alegre que eu já havia conhecido estava sempre de bom humor e rindo.

— O carro pegou fogo, e foi impossível para vocês descobrirem que quem estava lá não era eu. Mas os Sulewski's sabiam. Eles me levaram para o hospital para acabar comigo lá, eles tinham planos de me torturar para descobrir todos os segredos do papai e depois me matar. Mas então... Claudia descobriu tudo e me ajudou — eu fiquei aliviada por essas palavras, e tão agradecida.

Eu não conhecia essa Claudia. Mas queria lhe dar um abraço tão apertado por tudo o que ela havia feito pelo meu irmão.

— Eu não voltei para casa porque mesmo que vocês não soubessem que eu estava vivo, eles sabiam. E é arriscado demais eu ficar lá, você ficar aqui — ele deixou que um suspiro escapasse, também deixando a mostra seu medo e o motivo de ele ter ficado tão nervoso ao me ver.

— Eles não podem fazer nada contra você, se você estiver em casa e em segurança, Finn — ele riu, negando.

— A única razão pelo qual Patrick e você ainda estão vivos, é porque eles ainda sabem que eu estou vivo, eles sabem que se Patrick morrer, vai ter alguém na família para assumir o cargo. Mas se eu morrer, vocês também morrerão, e isso eu não posso suportar —

— Finneas... — fui para o seu lado no sofá, me levantando da poltrona onde antes eu estava sentada.

— Eu posso suportar ficar longe de você, Bil. Mas não poderia viver sabendo que vocês morreram por erro meu — ele me olhou, segurando em minhas mãos — Eu escolhi continuar com o namoro, mesmo Patrick dizendo que não queria, o namoro me levou a ir escondido para lugares sem segurança. Por minha causa Katherine morreu, e eu não posso ser o motivo de mais mortes — apertei sua mão, me aproximando mais dele e o abraçando.