Chapter 11| Daybreak

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11| Folga
Angie

Você não vai entrar? Está tarde — a voz de Lana me interrompeu.

Olhei para Billie paracia meio dispersa desde que saímos da festa, mas logo voltei minha atenção para a outra segurança da casa.

Vou encontrar uma amiga. Meu celular está sempre ligado caso queira falar comigo — disse, passando por Lana e entregando a arma e o fone que usamos para nos comunicarmos — Não vou precisar disso, minha amiga é da polícia —

— Como se isso fosse sinal de segurança — Lana sorriu fraco — Mas tudo bem. Não se esqueça que precisa estar aqui amanhã para levarmos Billie para a escola. Então, transe rápido — a mulher não esperou que eu falasse mais nada, ela deu dois tapas no meu ombro e entrou na casa.

Olhei para a direção onde Billie estava antes, não a vendo ali. Ela também já havia subido para o seu quarto.

Suspirei, negando comigo mesma e subindo na moto, seguindo meu caminho até o lugar marcado por Laila.

Estacionei minha moto em frente a lanchonete que ficava algumas quadras depois do departamento de polícia onde eu trabalhava. Assim que fiz isso, pude ver Laila lá dentro, mexendo no celular e comendo batatas fritas. Ela, assim como eu vestia a mesma roupa da festa, eu realmente pensei que Laila ficaria lá por mais tempo.

— Você fugiu do trabalho, foi? — eu me sentei em sua frente, roubando seu refrigerante.

— Meu turno era até às onze. Eu poderia ficar mais tempo se quisesse ganhar mais, mas decidi vir falar com você. É melhor o assunto ser útil —

Laila é minha amiga desde que fomos nos alistar no exército. Tínhamos dezoito, éramos novas, imaturas e queríamos servir ao nosso país.

Quando chegamos lá descobrimos que não era nada como imaginávamos, e na primeira oportunidade, nós corremos atrás de solicitar nossa dispensa, indo trabalhar com a polícia civil, já que pensávamos que assim iríamos mesmo ajudar a população.

Uma grande mentira.

— Eu quero montar um caso contra o Patrick O'Connell — eu disse calmamente, esperando que Laila me desse o olhar que qualquer um daria, depois me chamando de louca.

Mas ela não deu.

Laila riu, bebendo um gole do seu refrigerante.

— Não acho que vai ser fácil. Mas boa sorte... —

— E eu preciso da sua ajuda — a interrompi, dizendo um pouco alto.

Eu não podia confiar em mais ninguém da polícia ou fora dela.

Para a minha surpresa, Laila ficou alguns segundos parada. Parecendo analisar os prós, os contras.

— O que acha que devemos fazer? — Laila perguntou, cruzando os braços — Eu morro de medo do Patrick O'Connell e sei que o capitão Sulewski está envolvido com ele, não posso perder meu emprego. Mas eu gosto de um bom desafio. E sei que conseguiria uma promoção se conseguisse prender um dos maiores traficantes do país — Laila já pensou no futuro, dando um sorriso.

— Eu não vou te envolver diretamente, e se eu for pega, nunca direi seu nome. Se você for pega, pode dizer que todo o plano foi meu — digo as palavras para que ela ficasse um pouco mais calma, mesmo que Laila não aparentasse estar nervosa.

— E caso der certo, podemos tirar o idiota do capitão Sulewski de lá também. Vamos fazer isso —

— É muito bom ouvir isso, porque eu tenho quase certeza que a família Sulewski tem algo a ver com a morte do Finneas. Eu sei que ele morreu faz meses, e que ele já foi enterrado, mas eu andei pesquisando e todo mundo envolvido no caso dele é um Sulewski, desde o policial que ficou com o acidente, até o médico que fez a autópsia — eu joguei minha teoria em sua cara sem que ela pudesse processar.

Bodyguard • Billie Eilish • ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora