16| Reunidos
BillieAngie fechou a porta do carro, e eu observei ela andar até a casa desconhecida por mim, e depois cumprimentar uma senhora que aparentava ter uns quarenta anos.
Estranho na hora a atitude, já que não me lembro de ver no relatório que ela tinha algum familiar vivo. Talvez fosse uma tia distante, ou algum amigo da família.
No minuto seguinte, Lilith passou pela porta também, carregando uma mochila pequena e abraçando a irmã. Não demorou para que as duas estivessem voltando para o carro, e eu tive que fingir que não estava prestando atenção na interação delas desde que Angie saiu do carro.
— Eu vou só levá-la para um hotel, e então nós vamos fazer o que você quiser — Angie murmurou, ligando o carro mais uma vez e fechando as janelas.
— Hey, Lilith. Como está sendo ficar longe da sua irmã esses dias? — perguntei, depois de me certificar que ela estava usando seu aparelho auditivo.
— Bem melhor, na verdade. Pensei que sentiria falta dela, mas essa chata só ficava em cima de mim. Ficar sem ela é bem melhor — a adolescente fez uma careta, recebendo uma feição irritada da irmã.
— Nem parece que foi você quem me ligou na noite passada implorando para que eu pegasse você porque estava sentindo a minha falta — eu ri com a revelação da irmã mais velha, encostando a cabeça no vidro do carro e me deixando pensar no encontro que eu teria com meu irmão daqui a poucas horas.
— Eu liguei, porque se eu não ligo, você não me liga. Já faz dias que você me levou para morar com a tia, e nem se importou em vir me visitar —
— Eu trabalho, Lili! Não posso ficar fazendo essa viagem longa. E eu te ligo todos os dias por chamada de vídeo — Angie retrucou.
— Sua irmã só está com saudades, deixa ela — me intrometi na conversa das duas, colocando as mãos na coxa de Angie e alisando meu dedão ali.
— Eu sabia que isso ia acontecer! — a voz alta de Lilith me assuntou — Eu vi o modo como você olhou para a Angie no primeiro dia em que estávamos na mansão — Lilith olhou para nós duas, e depois para a minha mão na coxa de sua irmã — E então, vocês estão vivendo um romance proíbido lésbico, ou você deu o fora no engomadinho... —
— Lilith! — Angie a interrompeu, parando o carro no sinal e dando uma olhada para a irmã — Precisa ter mais respeito com a Billie, ela ainda é minha chefe —
— Eu sei a relação de trabalho que vocês têm — ela sorriu de lado.
— Você realmente precisa parar de falar essas coisas. Por favor, tem como ficar quieta? — Angie implorou, dando uma última olhada para Lilith, já que ela teve que voltar a prestar atenção na estrada.
Era engraçado ver a interação das duas dessa forma, já que quando Lilith ficava na minha casa, eu nunca tive contato o suficiente com ela para a conhecer de verdade.
— Eu quero ir junto com vocês. Se me deixar ir, eu desligo o aparelho e fico quieta pelo restante da viagem — ela prometeu, esticando o dedo mindinho.
— Billie e eu não vamos em um encontro de casa, Lili. É coisa séria e perigosa, não quero que você esteja presente — Angie foi severa ao dizer, sua voz demonstrando que ela não mudaria de ideia.
Mas Lilith era insistente.
— Por favor, Angie. Eu juro que vou me comportar. Vou ficar quieta e não falar um "a" — Lilith jurou mais uma vez.
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Bodyguard • Billie Eilish • ✅
FanfictionSendo filha de um dos homens mais importantes e influentes do país, Billie sempre foi alvo de rivais, ou pessoas que são contra a sua família. Vendo que os seguranças contratados por seus pais não cumpriam o dever de protegê-la, ela vai atrás de seu...