COMO EU PODERIA DIZER O QUE ACONTECERIA? Eu só queria fugir.Aulas particulares com Tsukishima eram as mais entediantes que existiam. Era extremamente chato que ele fosse tão rígido. Ele literalmente se empenhou para isso, me fazendo duvidar se gostaria de ser professor no futuro.
Ele tinha uma régua em mãos, e tentava me ensinar círculo trigonométrico a todo custo, mas simplesmente era uma matéria que não queria entrar na minha cabeça. Que porra de tangente, cosseno e seno. Eu não quero saber disso, não me tem utilidade.
— Eu sei o que está pensando — Disse ele, se agachando para me olhar no rosto (eu estava sentada no chão, aos pés da cama). — Mas isso é útil sim, até mesmo para os seus desenhos.
Eu odiava aquela matéria, aquele momento e odiava ele. Queria o mandar embora e desenhar em um caderno, mas não podia. Tinha que estudar. Tsukishima disse que faria as provas em dupla comigo, mas que não queria um peso morto de qualquer forma.
E eu, infelizmente não podia discordar. Eu realmente precisava estudar. Mas ele era tão chato que eu não conseguia. Estava perdendo meu sábado vendo aquela caralhada de matéria.
Recebi uma ligação no meu celular. Era uma chamada de Victor. Tínhamos trocado números no dia anterior.
— Alô! Victor?
— Oi, S/n! — parecia sorrir do outro lado da linha. — Como vai?
— Estou indo. E você?
— Vou bem — Suspirou. — Eu ia perguntar se você gostaria de sair um pouco.
— Awnh... — soltei um gemido de frustração. — Não posso, Victor. Tenho prova de matemática daqui à duas semanas, e estou estudando feito louca, porque meu parceiro de testes é chato.
Olhei para Tsukishima, vendo se o tinha provocado, quando percebi que ele já estava olhando para mim, antes de eu sequer pensar em olhá-lo.
— Tudo bem. Podemos sair mais depois, e se quiser ajuda para estudar, estou aqui. Sou seu veterano, sabe?
Ri de seu tom, me despedindo e guardando o celular no meu bolso.
— Você sabe que não pode namorar outros caras de verdade enquanto estiver saindo comigo de mentira, não sabe?
— Sei, chatonildo. Não se mete na minha vida não, ô mundiça.
Tsukishima revirou os olhos e eu sorri por o ter irritado.
— Cala a boca. Só isso — ele pediu, quase em súplica. E em seguida, se sentou ao meu lado. — Vamos ver seu progresso.
Estávamos próximos, quando a porta se abriu de uma vez.
— Eu sabia! Sabia que um dia, vocês iriam namorar! Quem se odeia, se ama! Tadashi já me contou tudo, não adianta negar!
Era minha mãe. Minha mãe que vivia viajando, aparentemente estava aqui porque descobriu que eu estava namorando. Sorri, nervosa. Não sabia o que fazer: se contava a verdade ou continuava a mentira.
— Estamos, tia — Tsukishima sorriu, e minha mãe lhe retribuiu um sorriso radiante. — Agora mesmo, estou ajudando minha namorada com as tarefas da escola.
— É mesmo? Uau! Que generoso.
Revirei os olhos em meio à bagunça toda. Mas não tinha mais o que fazer, e eu sabia que nos próximos dias, minha mãe me encheria de presentes como: lingeries, camisinhas e vestidos decotados. Quando eu gostei de um garoto pela primeira vez, mamãe era a única que eu me arrisquei a contar, mas ela espalhou para todo mundo, e começou a comprar vestidos lindos. Detalhe: eu tinha 12 anos. O menino descobriu e eu fiquei mais desinteressada a cada momento.
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𝐍𝐀𝐌𝐎𝐑𝐀𝐃𝐀, tsukishima kei.
FanfictionO que S/n deveria fazer? S/n Yamaguchi se viu sem escolhas quando Tsukishima Kei fez uma proposta um tanto quanto odiosa: ser sua namorada de mentira. S/n, então, tem a missão de passar-se por namorada de alguém que ela - até então - odeia. Playli...