10|Festa.

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SORRI ORGULHOSA. Eu estava deslumbrante. O meu vestido era totalmente preto, até as canelas e com uma fenda enorme na coxa esquerda. Tinha alcinhas finas, deixando o colo do peito à mostra.

A maquiagem estava boa, o cabelo e os saltos. Tudo estava lindo, e eu estava maravilhosa — como sempre —.

Desci as escadas para encontrar Tadashi deslumbrado, falando que sou a irmã mais linda do mundo e que vai me defender de todo mal.

Para de ser amigo daquele ridículo então, ou manda ele tomar no cu por mim.

Você está tão fofo.

Tadashi usava uma blusa gola alta, regata. Calças de alfaiataria pretas e sapatos.

A campainha tocou, e eu fui atender. Me deparei com Tsukishima, com uma roupa semelhante à de Tadashi. A diferença era que que ele usava uma jaqueta de couro e botas.

Ele me olhou, engoliu seco e entrou, sem me dar oi, o que me enfureceu.

— Podemos ir? — pedi, porque os dois queriam ficar em casa.

— Claro... — Tadashi disse meio cansado.

Mas ele foi o primeiro a se soltar.

Na festa, estávamos eu e Tsukishima com Yaichi Hitoka. Ela tinha tomado dois copos de sakê, estava malucona. Era fraca demais para bebida, assim como Tadashi, que se encontrava no mesmo estado depois de três copos.

— Será que tem cerveja? — perguntei para mim mesma, mas Tsukishima ouviu.

— Vai beber? Você não deveria.

— Você não manda em mim, Tsukishima.

Saí bufando, xingando ele em meus pensamentos. Dentro da casa de Victor, eu achei a cozinha em meio à multidão. Fui até a geladeira e peguei uma garrafa de cerveja.

Abri com os dentes e virei. Precisava beber para esquecer todos os problemas que eu estava tendo.

— Chega. — Tsukishima pegou da minha mão. — Não quero lidar com dois bebum.

— Cala a boca, só fico bebada se eu beber demais. Não sou fraca para bebida como meu irmão.

Tsukishima se calou e se afastou. Eu finalmente comecei a beber.

Encontrei os meninos do vôlei, que alegaram sentir minha falta. Prometi que semana que vem eu voltaria.

— Segunda vamos ter um amistoso contra o Date Kou! — Hinata diz empolgado. — Você vai, né?! Você tem que conhecer o Aone, ele parece todo bruto ma-

— Podemos conversar? — Kageyama tapou a boca de Hinata, me puxando para um canto qualquer.

— Nem respondi que podíamos, mas podemos.

— Vocês brigaram?

Arregalei os olhos, surpresa. Kageyama praticamente gritava para falar comigo, então eu apenas balancei a cabeça positivamente. Eu não via motivos para mentir para ele naquele momento.

— Sabia... — ele limpou a garganta. — Se resolvam. Ele está muito quieto e distraído. Ele geralmente faz uns bloqueios meia boca por preguiça, mas ultimamente, nem no tempo certo ele está pulando.

Eu realmente não sabia disso. Tadashi não comentara nada, e eu nunca imaginei que tivesse distraído Tsukishima com uma briga boba. Kageyama continuou:

— O jogo de segunda feira é importante para ele. Ele gosta de bloquear, mesmo que não saiba disso inteiramente. Aquele idiota vai foder o time se não voltar ao normal; ele é o cérebro. Odeio admitir isso, mas ele pensa nas melhores jogadas para nós.

𝐍𝐀𝐌𝐎𝐑𝐀𝐃𝐀, tsukishima kei. Onde histórias criam vida. Descubra agora