14|Fim.

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ACORDAR ao seu lado me parecia um sonho. Eu estava com ele, e ele comigo. Fiquei observando-o por alguns minutos. Sua feição serena, sem deboche, raiva ou qualquer outro sentimento que defina Tsukishima.

Lembrei da noite passada, tendo flashs extremamente eróticos e incríveis, que massacravam minha mente. Senti um leve incômodo quando baixei a mão até a coxa de Kei.

Ele estava de pau duro plenas oito da manhã. Uau.

Ele acordou, assustado. Me olhou envergonhado, olhou para baixo das cobertas e ficou em silêncio, apenas indo até o banheiro. Eu ri, e ele jogou uma toalha em mim.

— Quer tomar banho comigo?

Corada, aceitei o convite. Fui até o banheiro fraca, minhas pernas tremendo. Não de ansiedade ou medo, mas sim de ontem. O cara socou forte.

  Ele estava dentro do box, com o chuveiro ligado, deixando a água escorrer pelo corpo. Abri a cortina e entrei dentro do chuveiro junto a ele, o abraçando por trás.

  — O que você...achou? — Ele me perguntou, com uma voz insegura.

  Eu nunca tinha visto, tampouco ouvido o Tsukishima ser inseguro. Fiquei com medo de que minha resposta magoasse-o de qualquer forma.

  — Eu achei incrível, Tsukki. Incrível mesmo. — O abracei mais forte, sentindo suas costas contra meus seios. — Não poderia ter sido mais perfeito.

  Senti que ele deixou de ficar tenso. Fui até ele e o beijei. O beijei ardentemente, e não demorou muito para que o que fizemos ontem acontecer dentro desse banheiro.

  Estava morta na segunda feira. Deitei a cabeça na mesa, quando Tsukishima chegou. Ele estava com uma cara séria, me assustando.

  — Quem morreu?

  — Precisamos conversar.

  — Eu fiz algo?

  — Não. Vem.

Fomos até o telhado, onde haviam pouquíssimas pessoas. Em uma área atrás do grande ventilador. Tsukki não tinha uma boa cara, então fiquei com medo.

— Me promete que não vai surtar.

— Prometo.

— Mandaram uma carta para você. Só que como sua casa está sem caixa de correio, colocaram na minha.

— É o meu pai de novo?!

— Não. Sem gritar, pega essa carta e leia.

Peguei o envelope, que tinha um cheio surpreendentemente doce. Abri, já que não tinha nem remetente no envelope.

"Senhorita S/n Yamaguchi

Por meio dessa carta, a Miyagi ART gostaria de avisar que no ano que vem você será bem vinda em nossa escola.
Alguém anônimo nos mandou muitas das suas pinturas, nos mostrando seu potencial artístico, e estamos impressionados.
Caso decida vir, compareça à Miyagi ART no dia em que ler essa carta.

Atenciosamente, Miyagi ART".

Olhei para Tsukki, piscando os olhos.

— AHHHHHHHHH!!!!

Tsukishima imediatamente tapou a minha boca, me empurrando contra a parede. Tirei sua mão de minha boca e o abracei.

— Eu pedi para não surtar!

— EU NÃO CONSEGUI, CARAMBA! QUEM FOI ESSE ANÔNIMO? FOI VOCÊ?

— Não. Foi o Yamaguchi.

Com lágrimas nos olhos, abracei Tsukki. Ele me levantou do chão e me rodopiou.

𝐍𝐀𝐌𝐎𝐑𝐀𝐃𝐀, tsukishima kei. Onde histórias criam vida. Descubra agora