11|Pingos nos i's.

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Ou pela inexperiência, porque você [...]

  PULEI EM SUA CAMA, me espreguiçando. Eu estava com muito sono.

Nem percebi que não tinha tirado meus saltos. Tomei noção disso quando Tsukishima tirou meus sapatos, esfregando levemente minha perna.

— Vai tomar banho, porca.

— Você já fez eu sair da festa mais cedo, agora quer mandar em mim? Vai se foder girafa.

Era engraçado, mesmo depois de todo esse romance, nós estávamos novamente nos atacando. Mas era diferente. Era uma provocação legal e rotineira, diferente das mais recentes.

As mais recentes tinham intenções ruins, coisas maldosas. Tudo porque nós não sabíamos o que sentíamos.

— Vai tomar banho. Vai dormir na minha cama toda porca e suja? Só na sua cabeça.

— Não vou.

Deitei a cabeça contra o colchão, para sentir meu corpo ser levantado e perceber que eu estava sobre o ombro do Tsukishima.

Ele agarrou as minhas coxas, enquanto eu batia na suas costas.

— Aí cacete, S/n. Tá doendo.

— Foda-se.

Ele me colocou no chão do banheiro, jogou uma muda de roupas e mandou eu tomar banho.

— Toma comigo ué. — falei brincando, para provocá-lo e ver sua reação. — Vem.

— T-ta louca?!

Ele saiu correndo, enquanto eu fechei a porta rindo como louca. Os pais dele estavam em casa, mas tinham saído para comprar pizza, novamente com aqueles sorrisos maliciosos, dessa vez, talvez eles tivessem motivos. Só talvez.

Tomei banho, coloquei a roupa que Tsukki me deu, para perceber que ficou enorme. De novo.

— Pronto, senhor. Pode ir tomar seu banho.

Quando parei na porta do quarto, me deparei com a mesma situação da última vez: Tsukishima sem camisa, com aquela calça que ele estava. Uau. Divino. Mas ainda assim, era o Tsukki. O meu Tsukki. Então, quem se importa.

— Meus olhos estão aqui em cima. — ele disse, me tirando um riso.

— Você nunca vai ser tão gostoso quanto o meu ex, já te disse. — sorri. — Vai tomar banho logo, eu quero dormir. E precisamos conversar.

— Há, você não manda em mim.

— É mesmo? — o olhei com desdém, cruzando os braços.

— Estou indo.

Eu me sentei na cama assim que ele saiu, suspirando fundo. Caramba, eu nunca ia saber que ficaria atraída pelo Tsukishima, muito menos atiçada por ele.

De repente, dúvidas bobas como: "quando ele começou a se sentir assim", "o que ele achou da minha aparência essa noite", "será que eu já o machuquei"; começaram a surgir. Em grande escala.

E repentinamente, minha cabeça e pensamentos estavam todos repletos por perguntas e questionamentos que envolviam o Tsukishima. Eu estava pensando nele o tempo todo.

Depois de alguns minutos, Tsukki voltou; ele tinha tomado banho, estava com o cabelo úmido e sem camisa. Apenas com uma calça.

— Da pra se vestir? Santo Deus, ficar pelado assim é feio.

— Eu não acho que você pensa isso. — Ele deu de ombros. — Já que a senhorita quer.

Ele colocou uma camiseta. Mesmo que eu não quisesse isso, fiquei chateada porque eu queria vê-lo mais um pouco. Mas quem mandou, fui eu.

𝐍𝐀𝐌𝐎𝐑𝐀𝐃𝐀, tsukishima kei. Onde histórias criam vida. Descubra agora