18 - Let It Be

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N.A: CAPÍTULO DEDICADO À MINHA QUERIDA LEITORA/SEGUIDORA/AMG viiih2000 ! FELIZ ANIVERSÁRIO!

Antes...

"Semanas depois do início início do fim, eu e minha família nos mantivemos em casa. Protegemos as janelas e as portas e nos escondemos ali.

Meu padrasto, vivia cantando "Let It Be", dos Beatles, o que dava para impedir a gente de pensar no que realmente estava acontecendo, já que ele era um péssimo cantor.

Numa das nossas saídas, eu achara dois rádios e, às vezes, como éramos apenas nós dois que saíamos, ele ficava cantando isso pelo rádio. O que me deixava doida.

Nessa manhã, saí correndo debaixo do chuveiro, gritando e esbravejando que nem gato bravo.

- Foda-se!

Do fundo das escadas, escutei a voz da minha mãe.

- Zo.

Revirei os olhos.

Me limpei, vesti roupa limpa e tratei do meu longo cabelo vermelho, antes de  descer.

- O que houve? - Perguntou minha mãe.

- Lamento informar que estamos, oficialmente, sem água quente.

Minha irmã, Diane, e minha mãe fizeram sons de desilusão e olhei meu padrasto e ele assentiu.

- O que significa que a comida quente já era.

Todos olhámos ele e suspirei, mas ele levantou e colocou aquelas mãos enormes nos meus ombros.

- Ah qual é, mocinhas? Fazemos churrasco todo o dia!

Revirei os olhos. - Chamamos a atenção de mais bonitinhos, todo o dia.

Ele bateu na minha cabeça.

- Au!

- Credo, Zo! Foi adotada, foi? Que mau humor matinal.

Eu ri e mordi a maçã, rodando no banco onde sentara e olhei ele. - Talvez.

- Hey! - Disse minha mãe.

Todos riram e olhei Diane, piscando o olho.

Aquilo era difícil para todos, mas para minha irmã de 11 anos estava sendo o terror, então a gente combinara ser forte, e meio que palhaços, para que ela pudesse esquecer o horror que o mundo tinha virado.

Ela levantou. - Vou no meu quarto, ler um pouco.

- Até já, macaquinha. - Sorri.

Fiquei vendo ela subir, e depois meu padrasto sentou do meu lado.

- Vamos falar de coisas sérias. Fiz uma lista. - Me entregou um papel. - Precisamos de baterias, medicamentos, comida e munição.

Assenti e olhei ele. - Posso sair.

Minha mãe negou com a cabeça. - Sozinha, não.

Suspirei. -  Sou mais rápida e silenciosa do que todo mundo aqui. Nem vão dar pela minha falta.

Meu padrasto deu de ombros. - Ela tá certa.

Minha mãe fez seu típico ar preocupado mas acabou assentindo.

- A munição eu não sei onde vou pegar, mas tem umas lojas a dois quarteirões daqui que dá para dar uma olhada. - Falei.

Meu padrasto sorriu. - A munição, a gente assalta a delegacia.

Rimos os dois.

- Vocês realmente. - Disse minha mãe. - Nem parece que estão planejando enviar minha filha, sozinha, para esse fim de mundo cheio de... Gente morta!

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