22 - Perda

1.2K 104 44
                                    

- Podíamos atacar.

Sorri e neguei com a cabeça. - Nah. Ele tem vigias nos muros, lembra? E ele vai estar esperando.

- E a essa hora, já deve ter um plano para o caso de a gente atacar. - Disse Maggie.

Eu estava no pátio com Glenn, Maggie, Carol e Hershel. Tentávamos achar um plano para não não termos de entregar a Michonne... Mas tudo o que pensávamos, tinha o lado reverso da moeda.

- Zoe!

Olhei para trás, vendo Rick. Levantei, tocando no ombro do coreano e segui na direção dele, parando do seu lado.

Ele me olhou. - Já decidi.

Fiquei olhando ele, e assenti.

- Não vou entregar a Michonne.

Sorri e ele me sorriu de volta.

- Vamos lutar. Sua confiança nesse povo é maior do que a minha nesse caso, mas concordo, a gente dá conta.

Assenti. - Não pela guerra, mas pela vida da Michonne. Não era minha intenção levar o grupo a uma guerra.

Rick sorriu. - Eu sei.

Daryl apareceu junto da gente, com uma expressão estranha e olhando para os lados.

- Está tudo bem? - Perguntou Rick.

Daryl nos olhou.

- Merle sumiu.

Troquei um olhar com Rick. - A Michonne.

Corremos os três para dentro da prisão, mas Michonne não estava em lugar nenhum. A sala da caldeira, onde Merle estava, se encontrava vazia.

- Não. Ele não faria isso. - Disse Rick.

Assenti e falei ao mesmo tempo que o Daryl. - Faria sim.

Daryl ajeitou a besta e nos olhou.

- Vou procurá-lo. Com sorte, eles ainda não chegaram em Woodbury.

Segurei o braço dele, por instinto, sem nem pensar, e ele me encarou.

- Vai sozinho? Pode ter homens do Governador por aí.

Daryl assentiu. - Tou nem aí. E sim, vou sozinho.

Soltei ele e ele saiu, indo em direção da saída.

Queria ir junto, queria achar a Michonne, mas proteger o Daryl também. Queria fazer algo!

- Ele vai voltar. - Disse Rick. - Vem, vamos ajudar o Glenn a colocar o resto das armadilhas.

Segui com Rick para o pátio, mas meu peito estava apertado, como se algo ruim fosse acontecer. Como se Michonne caísse nas mãos do Governador.

Mais tarde, Daryl entrou na prisão, mas vinha sozinho. Sua expressão era diferente da habitual e seus olhos estavam um pouco vermelhos.

Senti meu coração parar. Não.

Me aproximei dele e ergui a mão, colocando ela aberta na sua barriga, fazendo ele parar de andar.

Daryl tentou passar por mim, mas me mantive ali.

- Foi o Merle, não foi? - Perguntei.

Daryl abaixou a cabeça e assentiu, e depois percebi que ele estava chorando de novo.

Mordi o lábio e abracei ele, sentindo ele soltar a besta no chão e me apertar com os seus braços, escondendo o rosto no meu ombro.

Deixei que ele ficasse ali o tempo necessário, fazendo sinal com a mão para que as pessoas que se aproximavam, se afastassem. Daryl precisava de um tempo.

Trust MeOnde histórias criam vida. Descubra agora