Pássaro escarlate e Abomigata

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  Ela jazia no chão. Tinha sido acertada por um feitiço nas costas e agora estava inconsciente. Luz pegou-lhe na cabeça. A sua salvadora não respondia. Puxou o seu corpo, mesmo antes de ser atingida por outro feitiço. Luz estava desesperada. Agora ainda tinha de cuidar de outra pessoa.
  - Aquela era a Abomigata, chefe?!
  - As abominações... o cabelo... a máscara... Acho que estamos no nosso dia de sorte!
  Mas outro guarda levantou uma questão.
  - Chefe, mas a Abomigata não está sempre com o...
  Uma mão de magia amarela subiu do chão puxando uma silhueta vermelha e fê-la aterrar no chão. Apoiado pelo cajado, Pardal Escarlate levantou a cabeça e encarou os guardas. Por mais que tivesse uma máscara a tapar-lhe o rosto, a sua energia exalava uma enorme raiva.

  -Pássaro Escarlate, está preso em nome do Imperador.

  Ergueu-se e manteve-se estático. Nunca falava.

  -Ataquem-no!!- ordenou o chefe da guarda.

  Três feitiços dispararam violentamente sobre ele. Porém, o criminoso teletransportou-se para trás do capitão e deu-lhe com o bastão na cabeça, deixando-o inconsciente. Antes que o guarda atrás dele o apanha-se, ele deu-lhe um pontapé na barriga que o mandou ao chão. Logo a seguir, deu uma cacetada nas pernas dos dois outros guardas que iam para cima dele, derrubando-os. Saltou por cima do chefe da guarda e ao aterrar no chão, fez aparecer uma mão amarela feita de magia que esmurrou os guardas e atirou-os ao ar.

  Levantou-se, sacudiu o pó da capa (como se houvesse algum) e teletransportou-se para perto da Luz. Esta estava sem palavras. O misterioso Pássaro ajoelhou-se junto ao corpo inanimado da rapariga que salvara Luz, observou-a cuidadosamente e mediu-lhe a pulsação.

  -Foi acertada na coluna por um feitiço forte de atordoar. Felizmente, não tem danos graves.- Olhou para Luz.- Não lhe tiraste a máscara, pois não...  

  Parou. Gelou.

  -Tu és... és humana?!

  Recou alguns passos. Depois, pegou no seu cajado e, colocando-se à frente da rapariga como se quisesse protege-la, apontou-o a Luz.

  -Sai daqui, humana! já causaste problemas que cheguem!

  Pegou na rapariga de cabelos roxos e cuidadosamente colocou-a sobre o ombro. Pegou no cajado e preparou-se para se teletransportar.

  -Espera! Eu posso ajudar-te! 

 O rapaz virou-se para a Luz.

  -Diz-me, humana! Para que é que EU preciso de uma humana como TU.

  -Ahh...  A Luz não tinha pensado nisso. Ela só queria perceber quem eram aqueles dois que a tinham salvo.

  -Bom, tu estás sozinho e não te podes mexer muito por causa dela. - apontou para a rapariga inconsciente. - E também vocês salvaram-me a vida, tenho de retribuir.  O encapuzado pensou seriamente sobre a ideia e acabou por concordar.

  - Está bem, mas é bom que me ouças. - olhou para o cajado, que se transformou num pequeno e adorável pássaro vermelho.- Aguentas com três, amigo?

  O pardalito piou amistosamente e voltou a transformar-se num cajado que pairou paralelamente ao chão.

  -Espero que não tenhas medo de alturas.

•{(ˊo̶̶̷ᴗo̶̶̷)𝐆𝐨𝐬𝐭𝐨𝐮 𝐝𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚? 𝐄𝐧𝐭𝐚̃𝐨 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐞 𝐨 𝐯𝐨𝐭𝐨, 𝐩𝐨𝐫 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫ฅ( ̳• ◡ • ̳)ฅ}•

Dois criminosos e uma humana: o que pode correr mal? (Um multiverso de TOH)Onde histórias criam vida. Descubra agora