Assalto às poções: Take dois

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Após vários minutos de discussão que incluíram várias vezes as palavras "Ótima", "Magoada" e "Chá", a rapariga, que foi várias vezes tratada por Menta acabou por ceder e ficou em casa, enquanto Luz e o misterioso capuchinho vermelho, que novamente foi pelo caminho mais complicado, iam "buscar" as poções. Enquanto conduzia o bastão, o encapuzado aproveitou para interrogar a Luz:

- Então, humana! Eu tenho a certeza absoluta que humanos não fazem magia de forma natural, mas tanto eu como a Menta vimos-te a fazer uma plataforma de gelo aparecer do nada. Tu implantaste algum saco de bílis. Se sim, onde e com quem?

- Saco de... Ah sim! Não, são glifos! Olha! - A Luz tirou um pequeno pedaço de papel do bolso - Este é um glifo de luz. Basta tocar no desenho e...

A folhinha de papel enrolou-se por si mesmo e transformou-se numa pequena bola de luz.

- Pictóglifos...- murmurou, mesmo que Luz não tenha ouvido. - Jurava que eram runas...

- Desculpa, disseste alguma coisa?

- Não, nada.

Após chegarem perto da esquadra dos guardas do coven do Imperador local, ele pegou num graveto e começou a escrevinhar no chão o plano.

- Há quatro entradas e os guardas trocam de turnos a cada duas horas. Vamos entrar pelos fundos porque a troca do quarto posto demora normalmente mais tempo. Nesse momento, entramos nos balneários e roubamos dois uniformes de batedores, vestimo-los e pedimos a chave da cave. Vamos buscar as poções e saímos sem ninguém nos ver.

Luz assentiu com a cabeça.

Após usarem glifos de invisibilidade para passar pela porta dos fundos, os dois assaltantes entraram nos balneários.

- Viste os Parcas-Delta ontem a jogar?!! Mennnn....!

-Ainda bem que não apostei nada! Não acertavam uma!

Dois guardas dirigiram-se descontraidamente para os balneários. Luz fez um sinal a Escarlate para que entrasse num pequeno armário. Entraram mesmo a tempo e esconderam-se a um canto.

- Traz um escovilhão verde. Umas poções de colagem caíram ao chão do gabinete de pósteres.

Luz ativou um glifo de invisibilidade que cobriu os dois enquanto o guarda procurava o utensílio.

- Mas então, quem é que achas que vai às eliminatórias? - perguntou o guarda ao outro enquanto saia e bateu com a porta.

Depois do glifo se ter desativado, a dupla esperou alguns segundos até ter a certeza que os guardas se tinham ido embora.

O rapaz foi em direção á maçaneta e girou-a.

Girou outra vez, porém com mais força.

Nada.

Estavam presos.



Dois criminosos e uma humana: o que pode correr mal? (Um multiverso de TOH)Onde histórias criam vida. Descubra agora