Caminha de almofadas

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  Amity abriu a portinhola que dava para o sótão e após subir, puxou Luz para dentro.

  - Desculpa pela cama improvisada. - desculpou-se olhando para várias almofadas e pufes que formaram uma espécie de ninho com várias mantas em cima. - Não estávamos à espera de visitas, como deves imaginar.

Mas Luz não se importava nada com isso e atirou-se para cima do monte de almofadas, gritando:

  - Um ninho! Adorooo!

Amity sorriu e olhou para uma cómoda poeirada no sótão.

 - Se quiseres. - começou a empurrar a cómoda em direção a Luz - usa isto para... pores qualquer coisa...

  - Ei, não te preocupes. É só uma noite, certo?

  - Sim, *Risos* amanhã entregamos as poções e tu podes me dizer adeus e ao Sir Rabugento.

  Luz ficou desanimado e olhou para Amity.

   - Amity, porque é que achas que o Belos quer acabar com todos em Boilling Isles?

  A rapariga de cabelo arroxeado suspirou. Eles tinham explicado a Luz todo o plano que o Imperador tinha para eliminar todos. Mesmo os que confiavam nele.

  - Não sei! Há pessoas que querem o mal das outras só porque... sim.

  TOC! TOC! TOC!

  - Meninas, o Flap Jack acabou o jantar. Espero que gostes de guaxinim, humana.

  Amity abriu o alçapão e desceu.

  - Esperamos-te na mesa, Luz. - disse, fechando a porta.

  Luz levantou-se e sacudiu-se.
  O sotão onde Luz iria dormir era pequeno mas tinha tão pouca coisa que parecia espaçoso. A cómoda era uma das poucas coisas que havia na casa. Era tão velha, ou mais velha que a casa. Estava cheia de teias de aranha. Luz tentou abri-la, mas a porta estava presa. Luz puxou com mais força, o que fez a cômoda abanar violentamente e a porta abriu. Estava vazia, mas Luz reparou que o fundo da segunda e última prateleira estava torto, como se fosse uma porta entreaberta. Luz olhou melhor e reparou que havia uma ranhura pequena na placa de madeira, suficientemente grande para colocar uma caneta mas demasiado pequena para pôr um dedo. Luz trazia sempre uma caneta para desenhar glifos. Mas quando ia tentar abrir...

  - Ei miúdas! O guaxini está a arrefecer e o FlapJack está farto de esperar. E eu também!!!

  Luz pousou a caneta. Não ia fazer os seus anfitriões esperarem mais. Ela ia tratar daquilo mais tarde. Luz desceu as escadas, porém quando estava no antepenúltimo degrau da escada, ouviu uma voz feminina, que parecia ter sido gravada, a dizer:

  - ... se te bloqueámos no Pentagram, ou é porque não gostamos de ti, ou és um dos exs do Ed. Ou és nossa mãe. Desculpa por qualquer coisa e tchaaaauuu!!!

  Luz ouviu Amity a resmungar de tristeza e de raiva e atirou algo ao chão. Luz percebeu que ela precisava de ajuda nalguma coisa. E ela não se chamaria Luz Noceda se não tentasse ajudar.

Dois criminosos e uma humana: o que pode correr mal? (Um multiverso de TOH)Onde histórias criam vida. Descubra agora