Palavra-passe: Grim

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 O quarto do Hunter era bem pequeno. Entrando-se pela porta, via-se uma simples cama de solteiro encostada à parede direita. No lado esquerdo, estava uma secretária cheia de papeis e tecido e uma estante cheia de livros, grande parte sobre magia selvagem. Mas o livro que Hunter procurava não estava numa prateleira. A custo, empurrou o pesado móvel, revelando uma tábua solta no chão. Retirou-a, revelando que, debaixo dela, havia uma porta de ferro com um código de letras com 4 dígitos e uma cavidade circular. Digitou o código "G-R-I-M". Agora faltava a chave. Hunter tinha sido muito criativo ao criá-la.

  Caso vos falte a memória, todos os palismãs têm um encaixe que encaixa no bastão. Segundo a Eda, todos os palismãs têm um encaixe para encaixar no bastão de bruxas e os encaixes são únicos. Hunter, após ler essa informação no livro "Como cuidar do seu palismã", criou uma fechadura que era correspondente ao encaixe do FlapJack. 

  Transformou FlapJack num cajado, colocou-o na cavidade e rodou, abrindo a pesada porta.

  Hunter tirou do cofre um pequeno livro de couro com bordas de corda. Não era a única coisa que estava no cofre. O jovem folheou o caderno. Nunca tinha lido totalmente o livro.

  Trazia-lhe péssimas recordações. 

  Folheou-o até encontrar uma página onde estava desenhado um grande glifo de luz. Hunter comparou o glifo que luz lhe tinha dado com o do caderno. 

  Exatamente iguais.

  Agora tudo fazia sentido. As anotações nas bordas do velho caderno não eram runas nem códigos.

  Eram magia.

  Magia que até ele conseguia usar.

  Até Luz... 

  Mas havia um problema. A Luz usava a mesma magia que... ele. Seria ela.. Não... Não!!!

  Hunter voltou a pôr o caderno no cofre, em cima de dois livros com um símbolo duma caveira e de uma fotografia antiga rabiscada a vermelho.

  Ficou ali parado, a olhar para o cofre. Aquela caixinha blindada tinha sido instalada pelo próprio alguns dias alguns dias ante de Amity se mudar para o Refugio. Hunter odiava aquele cofre. Relembrava-o de que não era um bruxo comum e que só fazia graças ao seu palismã. Relembrava-o do quão cego tinha sido.  Relembrava-o daquele ponte. Daquela queda. Daqueles esqueletos. Daquelas mentiras. Daquela... sombra. E de que a pessoa que ele mais amava no mundo fingia importar-se com ele só para usá-lo com mais um peão descartável.

  Encarou pela última vez o caderno de couro, antes de fechar a porta. O pequeno diário era muito antigo, por isso só se via as iniciais de quem o tinha escrito, pois o nome estava extremamente esborratado.

  "P.W."

•{(ˊo̶̶̷ᴗo̶̶̷)𝐆𝐨𝐬𝐭𝐨𝐮 𝐝𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚? 𝐄𝐧𝐭𝐚̃𝐨 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐞 𝐨 𝐯𝐨𝐭𝐨, 𝐩𝐨𝐫 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫ฅ( ̳• ◡ • ̳)ฅ}•

Dois criminosos e uma humana: o que pode correr mal? (Um multiverso de TOH)Onde histórias criam vida. Descubra agora