Os líderes dos covens estavam reunidos na sala do trono. A notícia de que alguém tinha tentado matar o Imperador com ácido alastrou-se como o fogo e os líderes estavam extremamente agitados.
O Guarda Dourado subiu a escadaria e parou à frente do trono, o trono que sempre quis ocupar.
Tossiu para chamar a atenção e começou um discurso.
- Como sabem, à algumas horas o Imperador foi alvo de uma tentativa de homícidio. Por isso...
Terra, a bruxa-chefe do coven das Plantas interrompeu:
- Desculpa, querido, mas não era suposto ser o próprio a dirigir a reunião?
Hunter suspirou.
- Devido aos acontecimentos desta noite, o Imperador não se sente capaz de...
- Então, presumo que a reunião foi cancelada.
- Não, o Imperador pediu-me par...
Mas não valeu a pena. Os líderes não fizeram cerimónia e saíram da sala.
Mesmo que já estivesse habituado, Hunter odiava que os líderes dos covens olhassem para ele como algo insignificante. Tudo por não conseguir fazer magia e daquele... daquele estúpido olho.
Estava muito agitado. O seu tio quase tinha morrido. Se não fosse o Bruxo-chefe do Coven de Cura...
Dirigiu-se para o seu quarto. Tinha sido o quarto dos últimos Guardas Dourados. Hunter nunca tinha conhecido o seu antecessor, mas segundo os líderes dos covens, era um jovem prodígio, nascido para liderar, que nunca falhara uma missão, mas que tinha uma voz extremamente irritante. Hunter sabia que o seu antecessor já tinha falhado várias missões e também era desprezado pelos líderes, mas parecia que todos no castelo, incluindo Belos, preferiam o antigo Guarda Dourado.
Entrou no quarto, um pequeno espaço decorado com a sua paixão secreta: necromancia. A estante do quarto estava cheia de livros com títulos como: "Tagarelar com os mortos"; "Corpo e alma: a diferença"; "Necromancia: eles podem voltar"; "Romper o véu"; "Sangue novo, almas velhas". No teto, estavam penduradas por redes de malhas esferas de vidro totalmente fechadas com pequenos insetos mortos dentro. A secretária estava atolada de papeis, anotações e desenhos. Até o próprio tapete era um tabuleiro Ouija. Despiu a capa e aproximou-se da janela, esperando que o nascer do sol o acalma-se.
Não resultou.
O seu longo cabelo esvoaça levemente enquanto tentava acalmar-se.
Ele odiava os líderes dos Covens, ele odiava o seu antecessor que morrera jovem, num trágico acidente de nave.
Ele ia ser grande...
Ele ia ser grande!!
E não era um olho podre que o ia impedir...
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Dois criminosos e uma humana: o que pode correr mal? (Um multiverso de TOH)
FanfictionApós um incidente com os guardas do coven do Imperador, Luz Noceda conhece dois rebeldes muito procurados e decide ajudar Abomigata e Pássaro Escarlate numa missão aparentemente simples, mas que se torna mais complicada após uma tentativa de assassi...