A carta

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Luz puxou Amity para dentro do sótão, mesmo que ela não precisasse de ajuda para subir a escada e levou-a pelo pulso até ao pé da cómoda. As bochechas de Blight ficaram um pouco mais rosadas.

Sentaram-se no ninho de almofadas e Luz abriu a porta da cómoda.

- Ali! - apontou para a pequena ranhura na porta - Estás a ver? Não parece um fundo falso?

- Sim... - Amity não estava muito convencida. Mesmo assim, pegou na sua gazua e colocou o gancho na ranhura - Vou puxar, Luz.

Puxou duas vezes. Sem resultados.

- Está... presa!... - puxou com mais força.

PAM!

A porta finalmente destravou, mas devido à pressão e às leis de Newton, Amity caiu para trás, tombando em cima da barriga de Luz e mandando as duas ao chão. Amity levantou-se sobressaltada e ligeiramente corada.

- Ó Titan!! Estás bem, Luz?! - Amity agia como se lhe tivesse dado acidentalmente um tiro.

Luz ainda estava deitada no chão quando deu uma gargalhada que fez Amity parecer um tomate.

- Estou ótima, Amity, não te preocupes! - Luz reparou numa pequena caixa que tinha caído no chão - O que é aquilo?

Olharam para a caixa. Era um pequeno prisma hexagonal achatado com o símbolo de um pássaro num dos lados. Luz pegou nela e abriu. Lá dentro, estava um rolo de pergaminho antigo com vários desenhos e uma carta. Desenrolou o pergaminho. Havia vários desenhos dispersos, e no meio, estavam realçados três desenhos: Uma mão, um O e uma porta com um olho.

  - Aquela porta

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- Aquela porta... Parece o portal da Eda!!

- Então... o que significam os outros desenhos?

- Mão o portal... - Luz pôs a mão no queixo, pensativa - Talvez... "Agarra o portal"?...

- Há ali uma carta - Amity tirou-a da caixa - Talvez haja alguma pista para percebermos o que isto é.

A carta era antiquíssima e estava selada com cera carmim, carimbada com o mesmo símbolo de ave da caixa.

- Isto... nunca foi aberto... E pela amarelação do papel... diria que é da Era Deadwardiana...

- Como é que sabes disso?

- Era estagiária na bibloteca de Bonesborrow...

Abriu delicadamente a carta e tirou o papel que lá estava dentro.

- Parece... uma letra feminina... e destra!

Começou a ler a carta.

"Meu querido Jasper,

Espero que nunca tenhas de ler esta carta e que eu possa te contar a verdade que ainda és demasiado novo para saber. O motivo de porque tiveste de crescer sem um pai.

Dois criminosos e uma humana: o que pode correr mal? (Um multiverso de TOH)Onde histórias criam vida. Descubra agora