Molded Masks - pjm + jjk

Memories

Estrelinhas, como estão? Sério, eu não demorei dessa vez! Agora estou muito concentrada em terminar essa história, por isso tenho escrito muito mais e com mais frequência. Comecei a tratar isso como um tipo de trabalho, mas felizmente não é massante pra mim mesmo tratando seriamente.

Tenho umas perguntas pra vocês, se quiserem me ajudar e responder hehe, eu agradeço. Primeiro, se eu transformasse a fanfic em um livro físico, vocês teriam interesse em comprar? Se sim, em qual país acham que se passaria a história? E quais nomes imaginam pra os personagens? Eu preciso de um nome unissex pro Jungkook né?

Agora vamos começar o capítulo. Seguinte, tem alguns gatilhos aqui também, mas não é nada tão pesado quanto os capítulos anteriores. Só que eu preciso mencionar. GATILHO: Crise de disforia e ataque de ansiedade. Menção a estupro e violência. Nada fora do que já vimos antes, mas é isso, preciso avisar pra vocês não lerem caso não consigam. Ta como sempre com negrito no começo e final das partes mais pesadinhas.

Encontro com vocês nas notas finais, bebês. Boa leitura!

#FlorExplosivo

(...)

Às vezes você sonha e parece tão real, que quando acorda, se pergunta se na verdade ainda não está dormindo. Sente as texturas dos tecidos das próprias roupas, sente os cheiros, ruins ou bons, e escuta os gritos e suspiros que deveriam ser apenas obras do seu subconsciente. Parece tão real, que em alguns momentos fica difícil entender que não é.

Não me lembro de tanto depois que ouvi a melodia tão de perto, apenas sabia que o som era familiar demais, tão familiar que eu poderia jurar que ouvia todos os dias. Parecia que ela estava lá o tempo todo, soando constantemente, e talvez fosse porque eu a ouvia todas as noites depois de dormir. Antes de apagar, as respostas foram chegando uma a uma, foi quando eu soube.

Foi quando tudo fez sentido, mas também não fazia sentido.

Foi quando meus dois mundos se encontraram, se chocaram em uma bomba.

Foi quando eu explodi.

Deitado naquele chão frio, ouvindo o som da voz desesperada do Jiminssi e vendo a expressão assustada de Taehyung, mesmo com a visão embaçada, eu soube que estava prestes a reviver os momentos tão assombrosos do eu passado. Aqueles que eu queria tanto esquecer, tanto, que realmente me esqueci, eles estavam batendo a porta, indicando que eu teria que os encarar.

Mas em contraste a isso, eu também sabia que reviveria os momentos doces e quentinhos também, não é? Ainda assim, nunca poderia comparar uns aos outros. Poderia apenas fugir de novo?

Estava preparado pra aquilo? Não sabia, mas não havia outra saída, as memórias chegavam, e eu era incapaz de evitá-las dessa vez.

Não, eu não poderia fugir.

Foi quando finalmente tudo se apagou, e o sonho do qual eu falava, aquele tão vívido que parecia real, começou. Era como um filme, mas ao mesmo tempo não se parecia com um bom filmes, já que eu já sabia o final. Era como uma viagem, mas não parecia divertido. Era como ter que viver uma vida que você sabia estar fadada à tragédia, e não poder mudar nenhuma de suas ações, mesmo que todas elas levassem diretamente ao inevitável.

Mas fazia sentido, como sempre faz em sonhos.

Pelo menos às vezes, fora alguns momentos de lucidez.

Começou calmo e aconchegante, como uma brisa batendo no rosto. O cheiro era bom, nostálgico, trazendo aquela sensação gostosa que faz os olhos lacrimejarem. Sentindo a proteção constante nas pequenas ações diárias de minha mãe, mesmo que ela não tivesse um gênio tão doce e carinhoso no geral. Em outros momentos era mais fácil sentir a maciez e calidez dos conselhos doces e voz calma, claro que não me esquecendo das risadas que acompanhavam a personalidade delicada do meu pai.