Sorry

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E aí estrelinhas? Como estão? Com, espero que estejam bem!

Hoje não tenho muito o que falar sobre a att, só que amanha vou postar algo relacionado a ela no twitter... acho que vocês vão gostar hehe.

Acontece um bucado de coisas e eu amo o final desse cap... quero ver o que vocês vão achar disso.

Além disso, me desculpem se não respondi vocês ainda, tenho tentado responder o máximo de gente possível, mas eu durmo com uns comentários pra responder e acordo com mais 100 pendentes. Se querem que eu seja mais presente, por favor usem a tag, sério mesmo, é mais fácil pra mim.

#FlorExplosivo


(...)




Não é fácil enfrentar demônios, medos e angustias interiores, e tudo piora quando você enfrenta mais de um de uma vez. Falar sobre assuntos que você teme, que te levam a fugir e ignorar fatos da sua vida, que te tornam vulnerável, pode ser ainda mais perigoso do que os encarar.

Talvez isso dependa muito, mas comigo foi pior.

E aí que está o impasse de tudo. Muitas vezes achamos que nos conforta ignorar nossas sombras, achamos que estamos bem enquanto guardamos os problemas bem lá no fundo, achamos que o melhor é esquecer tudo.

Pra mim isso não funcionou, foi na verdade, ainda mais destrutivo.

Fiquei por tanto tempo me escondendo de mim mesmo, com medo da reação dos outros, ou da minha própria. Além do pavor em saber quem eu realmente era, de questionar por que eu sentia ou fazia certas coisas. Eu simplesmente ignorava as vontades que me sufocavam todos os dias, desesperadas pra serem supridas.

Guardei tão, mas tão fundo dentro de mim, que acabaram imersas, como se nem existissem mais. Por anos e anos parecia que eu me sentia totalmente satisfeito com as minhas ações, com minhas "vontades", com a minha relação com meus amigos, com o meu "eu". Eu me sentia bem, me sentia um vencedor sempre que ganhava algum desafio, mesmo ignorando a tremedeira nas minhas mãos todas as vezes que fazia algo perigoso, ou ignorando as lágrimas que insistiam em sair dos meus olhos sempre que eu chegava em casa, ou de madrugada.

Eu fingia que tudo isso não existia, e fingia tão bem que era como se nada disso existisse mesmo.

Por muito tempo eu apenas vivi uma vida falsa. Eu chorava a noite inteira, com medo de dormir, e mais medo ainda de ter que me levantar no dia seguinte e dar de cara com outro desafio, ou com outra transa casual. Passava horas e horas molhando o travesseiro, mesmo dormindo, e acordava no dia seguinte como se nada tivesse acontecido. Me levantava, tomava algum café e lavava o rosto, como se as lágrimas não estivessem marcando a pele das minhas bochechas.

Eu olhava o espelho e não as via, ou fingia que não as via, as marcas de lágrimas.

Tinham dias que eu estava tão imerso nessa mentira, que eu me olhava, como o rosto inchado e vermelho, e pensava comigo mesmo "acho que o sabonete está me dando alergia, meu rosto ta vermelho". O quão pesado é isso? O quão estranho é conseguir viver uma vida de mentiras próprias, e simplesmente agir como se fossem verdades?

E eu ainda não sei de onde vem esses sentimentos. Existem algumas angústias que ainda não foram entendias. Eu sinto que tem algo, alguma coisa que precisa ser dita. Algo que eu sei, mas não me permito saber.

Molded Masks - pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora