Eyes on me

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Estrelinhaaas, quanto tempo? Ah, um mês mais ou menos né? Eu terminei o capítulo antes, mas pra corrigir demorei tempo demais, era como se não estivesse ficando bom o bastante, então corrigi duas vezes. Talvez ele não esteja com uma escrita tão impressionante quanto eu queria, mas não dá pra ser perfeito sempre, infelizmente.

Bom, lá vamos nós pra mais um capítulo de acontecimentos diversos, vamos ver se vocês vão gostar, logo as coisas vão esquentar, mas vou dar um descanso agora pra vocês. Hehe.

Boa leitura! Espero que se divirtam.

#FlorExplosivo

(...)



Eu mesmo não acreditava no quão avancei nos últimos tempos. Talvez seja o fato de as minhas dores não estarem mais aprisionadas, agora consigo colocar pra fora quando algo dói, ou quando preciso de ajuda e sei que posso pedir. Parece estranho pensar que hoje que eu me lembro de todo meu passado, consigo ter mais esperança de que eu tenho um futuro, do que antes de me lembrar dele. Principalmente sabendo o que aconteceu, e como é algo que vai me marcar pra sempre, eu não posso apagar.

Não funciona, não adianta.

Principalmente depois de pensar muito sobre isso, finalmente entendi que na verdade o trauma nunca desapareceu de verdade, era só uma ilusão da minha cabeça. A dor, o trauma e as marcas de tudo aquilo sempre estiveram em mim, sempre me assombraram em formato de sentimentos estranhos e sensações, ou até dos sonhos constantes que eu tinha, então me lembrar claramente de tudo não foi simples acaso. Eu já sentia toda a agonia, só não sabia porque, e de onde vinha. Hoje eu sei, e acho que eu tenho esperança sobre o futuro por que, já que eu sei, vou ter maior chance de conseguir lidar com o passado.

Claro, não passa a ser fácil, mas querendo ou não, saber o problema torna mais fácil de resolver ele.

Pelo menos é assim que eu ando pensando.

Depois de ser uma pessoa tão negativa por tanto tempo, imaginando que a vida só tem tragédias a oferecer pra mim, decidi que é hora de reagir.

Depois do velório da mãe de Jiminssi, eu também decidi que começaria a seguir mais vontades que eu sabia ter sempre desejado. Claro, agora eu era consciente sobre o que eu queria, e o que me travava ainda era o medo do julgamento do mundo, não é difícil descobrir porque tenho tanto medo disso. Só que ainda assim, eu não aguentava mais nada disso, não me sentia bem, não me sentia feliz ou ao menos tinha alguma auto estima.

Mona, eu estava me sentindo horrível com todas aquelas camisetas com estampas de caveira e calças feias, me sentia sufocado.

Era como se eu fosse refém do outro Jungkook, mesmo que ele não existisse mais.

Tinham dias que me olhava no espelho e me sentia tão estranho, e talvez não fosse de agora, era como se não fosse eu no reflexo, mas um completo desconhecido. Aquele dia em que eu me masturbei sozinho, com o cinto do Ji, busquei beleza em mim mesmo depois de muito tempo ignorando a falta que eu sentia dela em mim. Felizmente achei a beleza, mas ela estava no meu corpo sem as roupas brutas, e na expressão delicada que eu conseguia fazer quando me deixava levar pelas minhas vontades mais escondidas.

Descobri que eu ainda era eu, mas a maneira que me forçava expressar apagava tudo que eu amava em mim mesmo.

Também percebi que aos poucos eu comecei a usar mais camisetas em casa, mas sem a calça, assim poderia parecer um vestido, era o que eu pensava no fundo, mas não admitia. Eu notava todos esses detalhes novos, nos cantinhos escuros da minha memória, mas fingia que não notava. Mesmo quando achei que havia finalmente me libertado das minhas amarras, se repensar novamente, não havia realmente feito esse avanço tão gigante.

Molded Masks - pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora