Lótus

You are mine, soulmate.

N/A: Eu estou tão feliz com todo feedback que estou recebendo, isso me deixou muito mais empolgada para escrever. Juro, o cap 11 terá mais de 10k de palavras, vocês que lutem hehehehe

Me desculpem se deixei algum erro passar, hoje cheguei bem mais cedo porque irei ter diversos comprimissos durante o dia e não queria correr o risco de falhar um sábado.Boa leitura;

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Pete podia sentir toda tensão de Vegas.

Sentir Vegas.

As pétalas das flores-de-lótus se fecham e submergem durante a noite, mas quando os raios solares incidem novamente, as pétalas se abrem e elas reaparecem. Lindas e brilhantes. Pete redescobriu o significado de alma-gêmea.

A volta de sua metade o fez acender novamente.

Era um lindo raio de sol brilhante lhe trazendo a vida.

Quis chorar toda sua emoção ao sentir seu vínculo desabrochar novamente. Ainda mais forte. Ainda mais intenso. E sabia o porquê. Sentiu.

Porque ambos aceitaram o amor e a conexão. Não havia mais duvidas ou receio. Estava pronto para ser dele... Novamente. Pronto para renunciar e viver aquele sentimento. Podia sentir toda adoração de seu homem e apertou ainda mais Veneza em seus braços.

A distância e as incertezas enfraqueceram sua conexão a ponto de quebra-la. Sua vó sempre lhe dizia que sempre que o universo dava um presente, ainda assim o livre arbítrio das escolhas era nosso. Aceitar ou deixar passar? Pete havia feito a escolha errada, mas com as consequências certas... Infelizmente estar com sua metade poderia resultar em uma bola aniquiladora destruindo tudo.

Por Buda, a ideia de Vegas longe e se envolvendo com outra pessoa fez seu estômago retorcer em ciúme. Se fosse o caso aceitaria Veneza, ele era uma parte do homem que estava destinado a si. Rapidamente tentou trabalhar em sua mente que se sua metade tivesse se relacionado com outras pessoas era um direito dele. Não estavam juntos. Porém, não era hipócrita para dizer que estava feliz com isso, não quando passou um ano e meio definhando vivendo em modo robótico preso na melhor noite de sua vida e em toda confiança que sua metade havia depositado em si.

Havia visto Vegas do avesso naquele cativeiro.

Mas fodidamente estava aliviado que era apenas seu irmãozinho caçula.

Tinham tanto para conversar.

Balançou o garotinho em seus braços já completamente derretido pela criança. Podia matar a maldita mulher que ousou machuca-lo. Quando Veneza o chamou de Dada sentiu ir até o céu e voltar, nunca pensou que poderia amar uma criança apenas com um olhar, mas amou... E sabia que o menino havia reconhecido seu vínculo. Aquilo fez sua alma exultar.

Observou Macau com preocupação. Podia sentir todo o cuidado que emanava de Vegas para o adolescente que estava visivelmente tenso. Seus olhos percorriam a sala como se procurasse um ponto de fuga. Podia ver o pavor cintilar em sua íris... Sabia que ele estava com medo por seu irmão mais velho e Pete apenas queria assegurar que não deixaria ninguém machucar sua alma gêmea. O protegeria.

- Quais são seus planos, Vegas? – Sr. Korn o encarou atentamente – Você pretende reaver sua posição? – perguntou diretamente.

Pete sentiu toda raiva e rancor de sua alma gêmea dançar na superfície. Podia ver em seu olhar toda animosidade e desprezo encarando seu tio.