Tudo certo para dar errado

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N/A: Eu acho que vocês estão ansiosos para esse cápitulo, certo?

Então, não vou me demorar... Espero que gostem!


Ps: me desculpe novamente se algum erro passou despercebido. Nesse dia lindo de feriado, estou aqui no trabalho porque pobre não tem um dia de paz.


Boa leitura;


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Pete olhava inerte.

Estava completamente desligado das coisas ao seu redor.

Isso definitivamente era perigoso.

Como um guarda-costas a última coisa que poderia acontecer era perder seu foco. Deveria estar atento a tudo ao seu redor. Mas se fosse sincero consigo mesmo, há muito estava apenas existindo. De repente, todas suas certezas caíram por terra e não sabia mais em quem acreditar. Em quem confiar.

Tudo havia mudado após seu cativeiro e não era pelo fato de Vegas ser sua alma gêmea. Ter uma marca não significava que era refém daquele sentimento. Nem sempre pessoas que a possuem podem ficar juntas e levam vidas normais, vazias, mas normais. Conhecer sua metade é uma dádiva.

Vegas trouxe mais que a sensação de completude. O herdeiro da segunda família o fez perceber que todos carregam cicatrizes em si e que o bem e o mal são relativos quando se trata de dor. Graças a sua alma gêmea pela primeira vez em anos se questionou de suas escolhas... Korn Theerapanyakul salvou sim sua ilha... Mas para retribuir ele deveria vender sua alma ao diabo?

No dia da invasão percebeu o quanto eram descartáveis. Pol e Arm haviam contado como Big morreu protegendo Porsche para o Sr. Kinn, porque ele era o homem que o herdeiro da família principal amava. Estava grato que seu melhor amigo estava vivo, mas viu por meses ninguém se quer comentar dos guardas que morreram na luta de dois irmãos ambiciosos brigando por poder. P'Chan era segurança do Sr. Korn a anos e sua morte foi como de qualquer outro... Um nada.

Finalmente entendeu quando foi contratado e designado como chefe da guarda do filho mais velho da família principal. Thankun falou que sua vida pertencia a ele. E hoje entendia que era literalmente verdade. Viveria para servi-lo e morreria para mantê-lo vivo. Como um verdadeiro nada.

Como uma peça de um jogo de tabuleiro totalmente descartável.

- Não há sinal dele, Kinn. – a voz frustrada de Porsche o fez piscar algumas vezes se situando.

Percebeu que havia viajado em pensamentos ainda prostrado de pé ao lado da cadeira do Sr. Thankun que estava jogando jogos no celular enquanto Kinn conversava com os seguranças. Semicerrou os olhos ao ver que falavam dos irlandeses.

- Minhas fontes disseram que Bradan estava usando aquele galpão como sede de negócios ilegais. – Kinn falou calmo e Pete queria bufar – Os irlandeses tem se mantido em silêncio, o problema é que o apoio incondicional de Ivan dificulta as coisas. – fez uma leve careta – Todos nós dependendo dos russos para o transporte... Então poucas pessoas querem entregar Walsh e entrar em conflito com Kuznetsov. – explicou.

Pete franziu o cenho.

- Se me permite. – Pete pediu – Porque o Sr. Ivan Kuznetsov protege tanto o Sr. Walsh? – olhou sombriamente – As pessoas evitam falar sobre o mercado negro, até entre as famílias principais isso é um tabu... Porque os russos se comprometeriam tanto? – perguntou realmente confuso.

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