ALEXIA TRINITY
📌 New York, Manhattan..
Eu corria pelo Central Park até meus pulmões começarem a doer e sentir minhas pernas tão moles quanto gelatina. Eu não me cansava tão fácil, afinal aquela era minha rotina todos os dias, faça chuva ou faça sol eu estava ali.
Com meu ipod quase no último volume, a voz da Pink soava em meus ouvidos dizendo pra mim: "Mal tratada, deslocada, mal compreendida. Senhorita" de jeito nenhum, "está tudo bem". Isso não me fez ir devagar.
Equivocada, sempre antecipando as coisas. Subestimada, olhe, ainda estou por perto." Então eu corri mais, corri até as lágrimas começarem a embaçar minha visão e então eu parei e apoiei minhas mãos em meus joelhos, respirando rápido e forte.
As minhas cicatrizes internas latejavam, meu coração iria sair pela boca. Só que eu precisava disso, por isso eu não deixava de correr, era minha válvula de escape.
"Por favor, por favorzinho, nunca, nunca se sinta como se fosse menos que perfeita. Por favor, por favorzinho, se você já sentiu, já sentiu que era nada, você é perfeita pra mim..."
Mordi meu lábio e olhei pro céu, estava totalmente nublado. Eu sei que as pessoas que passavam por mim estavam achando que eu perdi totalmente o juízo, mas tanto faz, elas não me conhecem mesmo e eu sei que a maioria eu nunca verei mais de uma vez.
Isso é New York, baby. Agora com minha respiração voltando ao normal, eu limpei meu rosto e caminhei até um banco que dava pra frente do lago. Abracei minhas pernas em cima do banco e observei uma família que dava comida para os patos.
Uma mãe, um pai e um casal de filhos. Tem pessoas que tem sorte e tem pessoas como eu. Que simplesmente não tem ninguém, aliás, não posso mentir. Se não fosse minha melhor amiga Denise eu já estaria não na fossa, porque nisso eu já estou, eu estaria por debaixo da fossa (onde realmente é meu lugar).
Eu não sou uma pessoa má, não me intenda mal, mas eu realmente gosto de coisas luxuosas. Sapatos, bolsas, joias e roupas, eu simplesmente adoro esse mundo e eu sei que sou linda.
Não há um homem que não repare quando eu passo, mesmo que eu esteja usando jeans e camiseta. E mesmo que eu goste disso tudo eu nunca, nunca mesmo, disse pra alguém que eu sonho em ter uma família. Afinal, com a mãe e o pai que eu tive não pode se dizer que eram realmente uma família mas mesmo assim eu virei acompanhante de luxo pra poder bancar as despesas médicas dos dois.
Eu não me arrependo, mas o pior de tudo é sair dessa vida. Eu não tenho mais nada além de beleza e isso dói. Eu não quero me casar com um velho caindo aos pedaços simplesmente pela fortuna deles, quero alguém que realmente me ame e cuide de mim.
Muitos já me ofereceram tudo pra se casar comigo, mas eu não sirvo pra ser uma esposa troféu. Não mesmo. Eu ganho muito bem e enquanto eu não me apaixonar fica tudo certo.
Me levanto do banco, guardo meu ipod no bolso do moletom e vou em direção ao metrô. Atualmente moro no Village, o que eu considero uma grande subida na vida, já que eu vim do Bronx e por ser de lá eu sei muito bem me virar sozinha.
Eu me mudei somente depois que meus pais morreram, apesar dos dois não valerem nada eu não podia deixá-los sozinhos. Chegando no metro, fiquei esperando-o até que vi meu reflexo em um painel.
Deus, eu estava extremamente gorda!
Me lembrei da minha adolescência e meus olhos ficaram momentaneamente nublados.
Meus pensamentos voaram pra garota anoréxica de apenas 14 anos. Gemi comigo mesma, passando a mão pelo meu rosto até a ponta dos meus cabelos presos no meu rabo de cavalo. Da próxima vez eu faria o dobro da corrida, só pra garantir. Andei até a banca pra ver se tinha algo de interessante, mas o mesmo de sempre.
Política, negócios, bolsa e blá blá blá. Comprei um jornal somente pelos quadrinhos, adorava ler Garfield e pela folha de esportes, que cidadão de Nova Iorque não seria fã dos Knicks?! Entrei no vagão e me sentei.
Hoje eu teria um evento importante com fazendeiro do Texas bilionário, precisava me preparar para o meu cliente.
- bia
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𝐁𝐀𝐁𝐘𝐒𝐈𝐓𝐓𝐄𝐑
Fanfiction𝐕𝐢𝐧𝐜𝐞𝐧𝐭 é o ceo de uma grande companhia em Manhattan, fez sua fortuna trabalhando duro e depois de ficar viúvo precisava de alguém disponível pra cuidar de sua filhinha de seis meses. 𝒐𝒖 𝐀...