forty-eight

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KIT HARINGTON

📌 New York, Manhattan

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📌 New York, Manhattan..

Ficar aqui com Alexia estava sendo um desafio

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Ficar aqui com Alexia estava sendo um desafio. Eu apenas ia trabalhar duas vezes na semana em meu consultório, odiava deixa-la sozinha.

Na primeira semana fiquei preocupado que ela cometesse uma loucura, mas graças a Deus ela ficou bem. Quer dizer, bem não é exatamente a definição do que ela se encontra agora. Se me permite dizer, ela está literalmente, no fundo do poço.

Eu queria poder jogar uma escada, uma corda ou apenas estender a minha mão e puxá-la de lá.  O problema da maioria dessas pessoas é que quando elas não querem ser ajudadas, não importa o esforço que você faça. Elas irão continuar lá. Definhando. Sozinhas. 

De qualquer forma, eu não a conheço tão bem assim. O nosso quase beijo no parque, foi o auge do meu mês, confesso. Sei que ela ama o tal bilionário, mas um homem pode sonhar, afinal. Sabe quando você vê a mesma pessoa, todos os dias, mas não consegue notar as mudanças sutis dela, porque está com ela sempre? Mas aí quando você deixa de ver essa mesma pessoa durante alguns meses ou anos, mas quando se encontram consegue ver se ele engordou ou se o cabelo está diferente ou até mesmo outras mudanças? 

Esse foi o meu erro com Alexia: eu não vi suas mudanças.  Todos os dias, ela levantava, brincava com o café da manhã e passava o dia todo sentada na varanda observando o mar. Com chuva ou com sol, lá estava ela, na cadeira de balanço, vestindo um dos moletons que eu fiz questão de comprar no Walmart só porque ela ameaçou usar a mesma roupa todos os dias.

Nas duas primeiras semanas, ela só sabia chorar e eu entendi que seu apetite havia diminuído pela tristeza, isso é comum em várias pessoas. Sua febre havia cedido a muito custo, creio que ela me esconderia se voltasse, só para não me preocupar.  Mas como eu comentei antes, esse é o problema quando nós convivemos com uma pessoa diariamente: nós não conseguimos notar as mudanças. 

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